Os códigos modernos da moda seguem uma máxima flexível: Hoje pode tudo, a pessoa só tem que saber carregar. Traduzindo: qualquer um pode vestir qualquer coisa, desde que lhe caia bem.
A coluna achou uma dupla defendendo que não é bem assim. Quem corta o barato do “vale tudo” das roupas são as consultoras Neca Gonzaga e Roberta Gerhardt. Depois do horário comercial, elas explicam, o critério pode ser vestir o que se gosta, já que cabe a cada um eleger o personagem a interpretar. A situação muda quando o assunto é roupa para o trabalho.
– É uma confusão, as pessoas não sabem mais o que vestir nas empresas – alerta a dupla. – Há uma insegurança entre ser formal, para dar credibilidade, ou descontraído, para passar modernidade – diz Roberta, advogada que há cinco anos trabalha com moda.
Que vivemos dias menos formais na maneira de se vestir, disso, nem elas discordam. A batalha que travam é pela diferenciação. Informalidade, afirmam, não quer dizer desleixo. Antes de falar o que é certo ou errado, a palavra de ordem para essas consultoras é apontar o que é adequado.
– Estar com a última moda, muito moderno, não pode. Visual engomadinho, certinho, também não serve. E Roberta complementa: – Quem fica trocando de roupa a toda hora passa uma ideia de superficialidade.
Mas então, qual é o jeito adequado?
– A roupa de trabalho tem que passar a mensagem correta sobre a área em que o profissional atua, com um toque pessoal – diz Neca Gonzaga, experiente profissional do mercado de moda, com passagem pela Europa e Estados Unidos.
Para as mulheres, roupa sensual, muito justa ou muito curta não pode. Peças com brilho, salto muito alto, também não. Sandália com os dedos aparecendo, então, deixe para mais tarde. Decotes e calça de cintura baixa, quase “pagando cofrinho” (deixando o derrière aparecendo) é gafe sem desculpa.
– O objetivo não é ficar com um visual chato, mas ser prático e funcional – comenta Roberta.
Para cometer uma extravagância ali, outra aqui é preciso conhecimento para não errar. Uma dica simples é fazer o teste do “ou”. “Ou” usa brinco grande, “ou” colar, “ou” lenço. Nunca resolva colocar tudo junto. Vale para tudo. Os homens também devem se ligar. Calça jeans e camiseta pode, dependendo da profissão. Mas não tão surradas que tenham cara de roupa de fim de semana.
– Quando alguém chega para falar com o cidadão, parece que ele estava descansando e foi surpreendido – brinca Neca.
Na visão das consultoras – elas acabam de abrir uma empresa focada na vestimenta profissional para desenvolvimento de uniformes, de código de roupas para empresas e treinamentos – a roupa tem que ser uma segunda pele.
– Aparência conta, sim. Num mercado competitivo como o de hoje, entre dois currículos iguais, um critério de desempate leva em conta o impacto visual – enfatiza Roberta. – Quem acha que é frescura, sai perdendo.
Pelas dicas da dupla, comprar sem temer a fatura do cartão de crédito passa longe de ser a solução para um bom guarda-roupa.
– Além de ser pouco inteligente, nem pega bem. Não é o momento de ser consumista. O ideal é ter poucas peças, mas de qualidade. Comprar muito passa a ideia de um consumismo bobo, quase uma ingenuidade que beira o cafona.
O segredo está na compra e na composição eficiente. Por isso, Estilo Próprio pediu sugestões de como alguns profissionais devem se produzir.
Por Maria Cândida Gonzaga Chedid
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Algumas normas de BOAS MANEIRAS:
No Automóvel: - se é o homem quem dirige, a mulher senta a seu lado, o outro a direita.
No Táxi: - a senhoras sentam ao lado esquerdo e o homem a direita. Sabemos de antemão que é o cavalheiro quem abre a porta para as senhoras entrarem e saírem.
Guarda-Chuva: - é o abrigo contra o mau tempo, nunca uma arma de guerra. Como para o homem é sempre de cabo curvo, deve ser dependurado no braço esquerdo ou seguro no direito, sem que sua ponteira agrida o próximo.
Escada: - sempre o homem sobe a frente ou a senhora a seu lado na descida, o contrário é o exigido. Para uma senhora idosa o homem deve procurar ajudar, mas sem melindrá-la. Há pessoas idosas que detestam ser ajudadas.
Gesticular: - gestos são permitidos, mas discretamente para dar ênfase a uma palestra.
Apontar: - não aponte, só quando é absolutamente necessário, mas tome cuidado para não esbarrar em outra pessoa.
Telefone: - é o empregado mais solícito e rápido que a era moderna nos proporcionou. Ele deve ser usado para recados rápidos, informações ou convites. Devemos falar ao telefone com voz clara e pausada. O certo é dizer o nome da dona da casa em vez do número. Quando o telefonema é uma atenção social de pessoa mais graduada à menos graduada, a primeira que chama é quem desliga.
Falar alto: - não se fala sempre com um surdo, mesmo os surdos percebem melhor quem fala claro. Numa discussão, não procure abafar a voz do parceiro, tenha bons argumentos, convence mais.
Cuspir: - não cuspa, seja onde for, usa-se o lenço com discrição. A escarradeira é indispensável somente para os enfermos.
Bolsos: - não ponha a mão nos bolsos da calça, é muito feio e deselegante. Quando está frio há os bolsos do sobretudo ou mesmo do paletó. Bolso de calça nunca.
Assoar: - é preferível assoar-se ao invés de continuar fanhoso, com o nariz carregado e fungando. Se está resfriado é preferível fazê-lo antes de ir a mesa.Em mesa íntima, é necessário pedir licença, ir assoar-se fora e voltar em seguida, do que procurar conter-se.
Bocejo: - se não puder evitá-lo, levante-se dê uma volta e afaste-se por um momento do grupo.
Assobiar: - é fazer pouco caso do próximo que está conversando ou calado. Assobie quando estiver só, ou em festinhas, que estejam cantando ou assobiando. Profissionais e Artistas - é um prazer imenso ouví-los.
Espirrar: - o lenço foi feito para silenciar, quanto possível o espirro, não deve ser evitado com contração. Para evitá-lo devemos colocar o dedo bem no centro dos lábios, em cima, apertando-o nessa região.
Tossir: - ao tossir deve-se levar o lenço a boca para abafar e evitar salivas.
Gírias: - podem ser usadas na intimidade, em sociedade quando dão mais sabor ao que se conta. Devem ser evitadas diante de pessoas mais velhas ou de mais cerimônias.
Restaurante: - ao entrar no restaurante, o homem vai a frente da mulher ou lado a lado, se há espaço. É o homem quem puxa a cadeira para a mulher sentar-se. Quando há "Maitre" é ele quem vai a frente, em seguida o homem e depois a mulher. O homem indica o lugar para a mulher, que senta ajudada pelo garçon. Os cardápios são distribuídos para o homem e mulher, cabe ao homem transmitir o pedido, enfim, tudo que a mulher precisar. Se vier um casal amigo cumprimentá-los, o homem deve levantar-se. Ao sair do restaurante, a mulher vai a frente, ou lado a lado. Cabe também ao homem pedir capa, guarda-chuva e sombreiro se houver, como também abrir a porta de saída.
Despedida: - quando alguém parte, convém ser atencioso, mas não ficar grudado ao viajante. Talvez ele queira dizer alguma coisa de particular a um dos presentes e ficar constrangido em não poder fazê-lo, sem tomar a terceira pessoa pelo braço, afastando-se ambos do grupo. Caso não possa ficar até o momento da partida, dê um pretexto razoável, deixando-a com os melhores votos de uma boa viagem.
Salão: - um homem sempre se levanta para receber uma xícara de café, chá, etc., que alguém lhe estende. Quando dois homens se encontram em um salão, ambos levantam-se para se cumprimentar. Havendo grande diferença de idade o mais velho pode não se levantar mas pede simpaticamente desculpas pela sua atitude.
Livros: - não devolver um livro emprestado é ato de pouca cortesia. Faça-o no estado em que o recebeu. Devolve-se tudo o que não nos pertence, mesmo que o valor seja insignificante.
Gaffe: - quando cometemos uma gaffe, o mais certo é deixar que ela caia por si só. Tentar corrigir o que se fez ou disse é pior. Sendo outra pessoa ajude-mo-la a mudar de conversa.
Cotovelos: - cuidado com eles a mesa. A boa maneira condena essa atitude feia.
Embrulhos: - não se acanhe de carregar pacotes na rua. Se quem o acompanha é uma senhora, então é indescupável.
Teatro: - o homem vai a frente a procura de cadeira, na saída é ela quem vai a frente.
Televisão: - em sociedade é arma de dois gumes. Por um lado reúne e forma grupo, por outro, faz calar e o silêncio é inimigo da sociedade.
Gratificar: - em restaurante o clássico "dez por cento", se vem na conta não há necessidade. em visita a amigos, fins de semana, campo, praia gratifica-se os criados de acordo com a posição social da família ou seja, dos anfitriões.
Casal cuidado: - todo o marido deve tratar com deferência sua mulher principalmente em público e vice-versa. Havendo contenda não devem pedir a opinião de terceiros, o que é constrangedor. Estando ambos em casa de amigos, mesmo que não se dêem bem, devem ser gentis. A delicadeza é imperiosa.
Tratamento público: - sendo alguém íntimo de um chefe de governo, um sacerdote, embaixador, etc., que ocupe cargo elevado devemos dar-lhe tratamento respeitoso. Não devemos dizer-lhe brincadeiras pesadas, havendo outras pessoas menos íntimas no grupo e, mesmo na intimidade.
"Eu" : - quando há um grupo de pessoas, no qual fazemos parte é sempre melhor dizer: fulano, beltrano e eu. É de bom tom colocar-se modestamente no fim da enumeração.
EXCEÇÃO
O Patrão diz: "Eu e meu secretário".
O Bispo diz: "Eu e o padre".
O General diz: "Eu e meu ajudante de ordens".
Em casos semelhantes a primeira pessoa cede a primasia às demais.
Dinheiro: - quando recebemos dinheiro, devemos contar a soma discretamente diante da outra, é possível erro contra ou a favor. Se for cheque, ainda assim, deve-se certificar que o cheque está em ordem.