O texto abaixo, com as fotos, tirado de um blog de moda e estilo, é interessante. Antes, porém, duas observações:
1. É triste que nele se fale da modéstia das evangélicas e das judias, como se as católicas não procurassem essa virtude, como se as católicas pudessem se vestir de qualquer jeito, não atentassem ao pudor. É velha generalização que parece indicar que católico é qualquer um, mesmo que não viva sua fé, não se comporte como tal, não desse importância a, por exemplo, se vestir sem desagradar a Deus.
Isso, por um lado, é preciso constatar, tem origem no descuido que muitas moças e senhoras católicas têm, nos últimos anos, para com suas roupas. Realmente, a maioria não está se vestindo com pudor, como convém a uma católica. Todavia, não acho que por conta do erro de várias, o blog deva ignorar que católicas buscam, sim, a modéstia no vestir, como se só evangélicas e judias é que “se ligassem” no vestuário recatado.
Não custa lembrar que também as mórmons possuem um cuidado especial nessa seara, no que foi ignorado pelo blog.
2. Por outro lado, talvez seja positivo em um sentido mais profundo. Embora católicas devam, sim, cuidar do modo como se vestem, devam, sim, atentar ao pudor, ao recato, à modéstia, devam, sim, vestir-se sem desagradar a Deus, devam, sim, evitar a moda mundana, elas não seguem um “padrão rígido”, uma “lista do que pode e do que não-pode”. A moral evangélica, na maioria dos casos, é puritana (no sentido moderno e que extrapola o próprio puritanismo dos primeiros calvinistas) ou, em algumas igrejas, feita por “usos e costumes”.
Católicas deveriam buscar a modéstia – e nosso blog tem isso como um de seus objetivos –, mas sem aquela “neura” por medir centímetros ou procurar SEMPRE enquadrar uma determinada roupa no rol das peças proibidas. Claro, algumas vestes são absolutamente inadequadas, pela impossibilidade de adaptá-las a um modo mais recatado, ou por não ficar modesta em nenhum tipo de corpo. Em geral, porém, a católica bem formada sabe que, ao mesmo tempo, deve ocupar-se da virtude do pudor e do recato, e igualmente raciocinar por princípios e não por “listas”.
De qualquer forma, o texto não mostra as evangélicas e judias como seguidoras de listas, nem apresenta uma moral puritana, no que podemos insistir no ponto 1, acima. Fala-se, logo na primeira frase, que evangélicas e judias prestam mais atenção em formas, decotes e comprimentos.
Ora, se é verdade que não há um “padrão católico”, um “catholic dress code”, é também verdade, por outro lado, que as católicas, como as evangélicas e judias, prestam também atenção em formas, decotes e comprimentos! Não para analisar os milímetros, não para condenar todo e qualquer tipo de decote, mas prestam atenção, sim, e o texto erra ao não incluir essas mulheres, ignorando-as como se só judias e protestantes buscassem a modéstia.
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DISCRETAS MAS NÃO ‘SEM GRAÇA’
publicado por: Fernanda
Se judias e evangélicas prestam mais atenção à formas, decotes e comprimentos, então todos os outros ‘elementos de design’ do look passam a ser compensatórios (pro bem). Quem usa saias mais longuinhas e blusas mais fechadas devia ser o-bri-ga-da a fazer todo dia uma coordenação incrível de cores, coloridas ou mesmo entre neutras. E assim imprimir personalidade no look, tipo cores mais femininas num dia, cores mais criativas no outro, mais elegante no trabalho, mais ousadas numa festinha. Estampas e texturas diferentes também contam como interessância em cada visual que compõem. E variedade de modelos e caimentos, né, meninas – que ninguém precisa ter só um tipo de saia nem só um tipo de parte de cima. Vale saia tipo A, tipo tulipa, mais retinha, tipo sarongue, tipo envelope, com bolsos, com barras trabalhadas e vale também coordenar mangas em tamanhos diferentes, decotes diferentes e mais.
Vale prestar atenção nas proporções: saia mais longa pede blusa mais curta – boas medidas são o meio dos joelhos (pra barras de saias) e o ossinho do quadril (pra barras de blusas). E se a barra da saia sobe, a barra da blusa pode descer um pouquinho! A terceira peça, nos looks das moças de igrejas e sinagogas, devia também ser obrigatória: a modelagem mais justa ou mais soltinha depende da modelagem das outras peças – vestidinho mais solto com cardigan mais justinho, saia mais reta com jaquetinha mais solta (tipo isso). E terceira peça meio transparentinha é a melhor amiga dos visuais interessantes no calor! Atenção especial pros sapatos: quanto mais abertos, mais alongadores de pernas. Sapatos com gáspea alta ou mais fechados, cobrindo mais os pés, ajudam mais se a barra das saias estiver acima do joelho ou se combinados com meias (sem contraste entre cores de meia e sapatos).
Então anota: cores e formas são muito muito “manipuláveis” a nosso favor (eu também to na igreja quase todo dia!). E acessórios, né: colar brinco anel broche tiara conta mais pontos num visual que repete menos formas que os outros, vale dar atenção especial a esses complementos. Cabelo e make também contam muito!!! Diz que poetas se impõem métricas e rimas como desafio, pra se superar em criatividade – desse mesmo jeito as restrições do vestir de quem segue doutrinas específicas também pode funcionar como fator de estímulo e de originalidade…!
Sim, é claro que o fator genético deve ser levado em conta.
Sim, é óbvio que não estamos dizendo que fumar e beber sejam “receitas de saúde”.
Sim, é igualmente notório que não estamos desconsiderando os efeitos distintos do consumo de certos alimentos ou cultivo de certos hábitos em cada pessoa.
Todavia, vale a imagem acima como um alerta contra a verdadeira tara de alguns pela “saúde 100%”, à moda Paulo Cintura (“Saúde é o que interessa…”). A felicidade não pode ser ignorada. Do que adianta só comer coisas “naturebas” e viver até os 120 anos, sem aproveitar nossa vida no contato com Deus e com alguns prazeres lícitos e na medida certa?
As fotos no link abaixo mostram a beleza e a elegância da Nigella Lawson. Resta lembrar que nem todas são modelos de recato, pelo que devem ser adaptadas. A chef tem mamas fartas, pernas torneadas e quadris largos, e, por isso, certas roupas nela, ainda que elegantes e bonitas, e nada vulgares, são, mesmo assim, contrárias à modéstia.
CLIQUE NA GALERIA PARA VER:
“As ameaças à Instituição do Casamento Tradicional – desde a Antiguidade até os dias de hoje”, com o Dr. David Magalhães.
Dia 5 de setembro, às 19h.
Pode-se participar presencialmente, no endereço acima, com inscrição gratuita, ou assistindo via internet, no site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira.
Lembrando que o príncipe é filho da linda e modesta Grace Kelly
Meu marido, Rafael, escreveu algumas linhas em seu Twitter e no Facebook, sobre os eventos desta sexta:
Ainda restam na Grã-Bretanha traços do império cristão que foi, e essas sementes contra-revolucionários fazem uma tremenda falta. Não podemos, de maneira moderna, desprezar as elites e os países líderes, mas rezar para que nos liderem de modo positivo. God save the Queen!
Aos que não entenderam o motivo para tanta comoção: o povo britânico não foi às ruas pelas frivolidades que a mídia fofoqueira ressalta, e sim pela importância do ato, pela sacralidade do matrimônio, pela liturgia anglicana, e para confirmar como a monarquia fala alto ao coração do homem. Há uma profundidade em tudo isso.
O casamento real deveria nos sensibilizar pela sua beleza. Rejeitamos o vestido pelo vestido, o fardamento do príncipe pelo fardamento do príncipe, os paramentos pelos paramentos, a banda pela banda, a carruagem pela carruagem, o banquete pelo banquete, mas não rejeitamos eles em si mesmos pelos valores que significam. Que bom que és sincera em dizer que não te sensibilizou, mas que isso seja um passo para te sensibilizares, pois a beleza de um casamento real, mais do que outros casamentos, é o sinal de uma alma católica que aprendeu a ver profundidade nas coisas. Somos homens, não fantasmas: o exterior deve nos tocar, deve nos falar, e simbolizar algo mais profundo.
Ainda mais sendo da monarquia, que é o símbolo de cada família. O príncipe e a princesa não são melhores do que ninguém, mas o fausto em suas cerimônias deve ser maior por conta da importância do que representam. Se há fausto neles, isso se reflete em todos nós. Qual raiz ou caule de planta terá vergonha da flor da mesma planta?
Vejam, todos os casamentos, por simples que sejam, devem procurar ser, de algum modo, belos. E não falo da beleza interior do sacramento ou do compromisso entre os noivos. Não! Falo do exterior mesmo: o exterior deve refletir o interior e, se o interior é belo, o exterior deve refletir esse belo.
Só que há uma hierarquia natural na sociedade. Não vamos cobrar o mesmo esplendor de beleza de um casal mais pobre, como se necessitassem casar como os príncipes.
Por outro lado, não dá para achar que é humildade um príncipe casar como se pobre fosse. O príncipe representa algo, sinaliza as justas hierarquias da sociedade, da vida, e essas hierarquias são um sinal divino, já que Deus criou o mundo COM ORDEM (uns superiores aos outros, desde o homem até uma pedra, e com vários níveis de subordinação entre os homens, os animais, as plantas etc).
Logo, essa função do príncipe deve ser simbolizada também em seus atos. Se o meu casamento foi belíssimo, e foi, o do príncipe deve ser AINDA MAIS. Tem OBRIGAÇÃO de assim ser!
Para continuarmos na família real britânica, vejam esse artigo escrito pelo grande pensador católico, Dr. Plínio Corrêa de , na época da coroação da Rainha Elizabeth II (avó do príncipe William, que hoje se casou): http://www.pliniocorreadeoliveira.info/1953_031_CAT_Por_que_o_nosso_mundo.htm
Agora, fotos das convidadas mais elegantes e, ao mesmo tempo, modestas e recatadas. Não basta ter classe e se vestir com beleza: é preciso ter distinção e modéstia como expressão das virtudes da castidade e da caridade.
Carole Middleton, a mãe da princesa Kate
Joss Stone
Samantha Cameron, esposa do primeiro-ministro
Princesa Máxima, da Holanda
Princesa Letizia, da Espanha
Rainha Elisabeth II
Sophie Wincleman, esposa do Lord Frederick Windsor
Rainha Sofia, da Espanha
Sophie, Condessa de Wessex
E agora a mais elegante e bonita de todas. Vejam o casaco, as luvas, o sapato e o chapéu. E o olhar distinto e charmoso. Porte de princesa!
Charlene Wittstock, futura princesa de Mônaco, noiva do príncipe Albert
Enfim, fotos do casamento, do desfile em carruagem, e das festas (uma após a cerimônia, oferecida pela Casa Real; e outra à noite, oferecida pela família da noiva). As fotos não estão em ordem.