O surpreendente poder das refeições em família

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Recebi pela internet:


Miriam Weinstein, autora do livro "O surpreendente poder das refeições em família",  explica como elas nos fazem mais inteligentes, fortes, saudáveis e felizes.

Vivemos na era do fast-food, do self-service, do delivery, em que parece não haver tempo para detalhes como almoçar em família e conversar. A refeição virou apenas "alimentação", "nutrição", e não por acaso, em nossos centros comerciais, a área reservada aos restaurantes costuma se chamar "praça de alimentação". Pode-se comer de tudo, bastante, rapidamente, mas dificilmente se pode conversar, "perder" tempo, praticar a liturgia das refeições que nos educa no esperar, no escutar, no conviver, nos verdadeiros ritmos da alma. No dizer de  : "Antes de pensar no que comer, bom seria pensar com quem vamos comer. Comer sozinhos é próprio de leões e de lobos".

A autora realiza uma extensa pesquisa e demonstra o tremendo poder de fogo – de formação educacional – das refeições em família. Por exemplo: entre os adolescentes que jantam com a família cinco ou mais vezes por semana, a incidência de drogas e alcoolismo diminui sensivelmente, acima dos 40%, resultado mais expressivo que o referente ao nível de notas escolares, ou até mesmo à freqüência a grupos religiosos. Recolhe também uma pesquisa realizada em Harvard segundo a qual, na fase de alfabetização, as crianças que alcançam melhor aproveitamento são as que almoçam mais vezes com a família, porque acabam adquirindo um vocabulário muito mais amplo que as demais. Não porque tenham lido mais que as outras, mas porque ouvem os adultos conversarem à mesa. E com não pequena surpresa, a pesquisadora vem a descobrir que há lares onde não há sala de jantar, outros sequer mesa para refeições em família. Não admira que justamente nesses lares verificou-se maior incidência de anorexias e transtornos alimentares.

E sobre os benefícios da Família:

Essa autora, que se apóia na tradição judaica – encerra seu estudo com a história de um sábio Rabino do século XVII Sempre que os judeus eram ameaçados, este bom homem ia até o bosque, acendia uma fogueira, fazia uma prece, e Deus lhe atendia. Morreu o mestre, e um de seus discípulos seguiu o seu exemplo nos momentos de crise. Ele não sabia como acender o fogo, mas lembrava-se da prece. O milagre acontecia igualmente. Morreu também este, e seu sucessor também se esqueceu da oração. Mas, mesmo assim, ia ao bosque e dizia: "Não sei como acender o fogo, nem mesmo lembro-me da prece, mas pelo menos sei para onde devo ir em momentos como esses".

Nestes tempos em que tantos desaprenderam a rezar e a acender fogueiras, nós, que pelo menos nos sentimos "família", sabemos para onde ir nos momentos de dor: ao nosso lar! É na família onde tudo tem conserto, onde nos sobrepomos à dor, onde reconquistamos a esperança de viver.
Alguém apontava em acertada metáfora que tais famílias são como cartas de baralho: sozinhas, não param em pé, mas apoiando-se umas às outras se consegue montar um castelo. 

 

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