Reflexão sobre o casamento no dia dos namorados

sexta-feira, junho 12, 2015

Neste dia dos namorados, lembremos que o namoro é aquele período em que os dois apaixonados refletem sobre o seu futuro estado de vida com vistas ao casamento. 

O namoro pode ser divertido, mas ele não tem por finalidade a diversão. Ele é uma preparação mais remota para o Matrimônio, como o noivado é a preparação próxima. Se o noivado é um noviciado como na vida religiosa, o namoro é um postulantado. 

Podemos até não casar, mas a intenção deve ser o sacramento.

Fizemos, meu marido e eu uma reflexão sobre a graça do Matrimônio. 

Espero que aproveitem, solteiros, namorados e já casados.

* foto ao lado: do nosso casamento, em 2008.


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A graça é para isso!

Como sacramento, o Matrimônio aumenta nos cristãos que o celebram a graça santificante.

Entretanto, também dá uma graça atual específica deste sacramento – assim como cada um dos sete sacramentos dá sua graça especial. “‘Em seu estado de vida e função, (os esposos cristãos) têm um dom especial dentro do povo de Deus.’ Esta graça própria do sacramento do Matrimônio se destina a aperfeiçoar o amor dos cônjuges, a fortificar sua unidade indissolúvel. Por esta graça ‘eles se ajudam mutuamente a santificar-se na vida conjugal, como também na aceitação e educação dos filhos.’” (Catecismo da Igreja Católica, 1641)


O Catecismo que foi mandado fazer após o Concílio de Trento explica a mesma coisa com outras palavras: “Por conseguinte, devemos ensinar que a graça deste Sacramento faz com que marido e mulher, unidos pelos laços de mútua caridade, encontrem satisfação em seu afeto recíproco, não procurem amores e relações estranhas e ilícitas, e que 'o Matrimônio seja honesto, em todos Os sentidos, 'e o leito nupcial imaculado.'” (Catecismo Romano, II, VIII, 14)

Algumas vezes, no início do casamento, tivemos pequenas desavenças. Algumas não tão pequenas assim. É próprio do ajustamento conjugal. São duas pessoas, com temperamentos diferentes, origens familiares diversas, acostumados já a seus próprios gostos, rotinas. No namoro, aprendemos um sobre o outro e nos atraímos justamente pela capacidade de relevar nossos defeitos mutuamente e pelas coisas boas que vimos um no outro, pelos bens que consideramos importantes para nós. Fomos nos moldando, nos acostumando, nos tolerando, mas namoro é uma coisa e casamento é outro. Na vida cotidiana de um casal, não dá simplesmente para fechar a porta e voltar para casa na primeira discussão. A casa é onde moramos com a pessoa com quem casamos! 



Aí entra em cena a graça do sacramento. Pelo Matrimônio contraído diante do padre, temos a graça de nosso amor se fortalecer, de nosso vínculo se aperfeiçoar. E precisamos colaborar com essa graça, estar abertos a ela. Muitos casamentos não dão certo porque marido e mulher não souberam responder à graça que receberam. No sacramento do Matrimônio, temos uma ajuda e tanto para cumprir os votos que fizemos no altar!

Um auxílio para o perdão mútuo. Um auxílio contra as tentações da infidelidade, da traição e outras formas de desamor. Um auxílio na criação e na educação dos filhos. Tudo isso nos dá a graça merecida por Cristo na Cruz e recebida por nós ao nos casarmos. Lá em outubro de 2008, quando nos recebemos em Matrimônio, não apenas iniciamos a vida a dois, fundando uma família, e prometendo amor e fidelidade um ao outro, e gerar filhos, como ganhamos de Deus todas as graças necessárias para realizarmos essas promessas!


O Matrimônio, como sacramento, salva e santifica! Confere o aumento da graça santificante, sem a qual não se agrada a Deus nem se vai para o céu. E, além de salvar a santificar, ajuda a salvar e a santificar: pelas graças atuais específicas que apóiam o casal no cumprimento de suas obrigações, coisa necessária para conservar a graça santificante, i.e., para não pecar. As graças atuais que auxiliam os cônjuges no cumprimento de seus deveres matrimoniais são, indiretamente, ajudas a que andemos na graça santificante. Lembre o leitor que a graça atual é uma ajuda para ter ou manter a graça santificante ou habitual.

Tenhamos consciência disso, então!


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