Para as mulheres que trabalham fora nem sempre é fácil encontrar roupas que sejam realmente adequadas ao local de trabalho, que sejam belas e modestas.
Há muita confusão quando se trata de escolher roupas para este fim. Muitas mulheres não sabem, ou não se interessam em saber, que roupas muito chamativas, com muitos acessórios, pulseiras barulhentas, saias curtas e decotes cavados são muito inapropriados para trabalhar fora. Bom, saias curtas e decotes cavados não devem ser usados em público de forma alguma, já que expõem partes íntimas do corpo. No local de trabalho então, tal imodéstia torna-se gritante!
Há algumas blusas que possuem decotes mais cavados, mas que podem ser adaptadas ao uso, bastando apenas que se use por baixo uma regata ou uma “segunda pele” da cor que combine com o visual (nas lojas de lingerie e departamentos podem ser encontradas camisetes de várias cores e tamanhos que podem ser usadas assim).
Busquei alguns modelitos de blusas para agradar gostos diversos, sempre pensando no local de trabalho, na beleza, no conforto, na elegância e na modéstia.
Alguns possuem cortes mais retos, portanto menos femininos, mas são melhores do que muitos que vejo por aí.
Inspirem-se!
Os profetas, os doutores da Igreja, os Padres, e todos os santos sempre aconselharam os fiéis a se vestirem com pudor e modéstia. O modo como nos vestimos é um reflexo de nossa vida íntima. O exterior reflete o exterior, diz o adágio. O modo como nos vestimos, nossa aparência, o tipo de vestuário que utilizamos, são como mensagens que enviamos aos outros, dando informações preciosas a nosso respeito: nossas intenções, nossas particularidades, nossas crenças mais profundas, nosso estilo de vida. O recato no vestir é, pois, uma mensagem poderosa que mandamos a todos: somos sérios, consideramos importante a castidade, queremos agradar a Deus, e consideramos que o corpo não deve ficar tão exposto. Não deixa, pois, o jeito de nos vestirmos, de ser um verdadeiro apostolado silencioso, influenciando a todos, e mostrando princípios importantíssimos que informam o ser humano. E se esse recato vai acompanhado da beleza das vestes e da elegância, isso é mais benéfico ainda, pois estamos deixando bem claro que se pode ser modesto, ter pudor, sem parecer uma “Maria-mijona”, pode-se ter recado e amor pela castidade exterior, sem que tenhamos um aspecto “apagado”.
Evidentemente, não há um código católico de vestimenta. E isso nem seria possível, pois a Igreja trabalha com princípios, não com listas de “pode” e “não pode”. As circunstâncias nos fazem aplicar os princípios do pudor aos casos concretos. Claro que não há aqui qualquer relativismo: a moral é absoluta, o pudor é objetivo. Mas a aplicação desse pudor varia conforme a cultura, o tipo de evento, a combinação entre as roupas, o corpo da mulher que o veste, e até mesmo, a “postura” e o temperamento da pessoa.
Igualmente evidente, todavia, que algumas roupas são, em geral, imodestas. Shorts muito curtos, minissaias, decotes profundos, blusas que não cobrem a barriga, calças justíssimas sem a devida cobertura, transparências indevidas, não são adequadas à mulher recatada. Não há um código, repetimos, nem uma lista. Mas a aplicação dos princípios à realidade concreta nos diz isso. É uma conclusão inevitável: certas roupas podem ser pudicas ou não conforme as circunstâncias, porém outras na maioria das vezes (ou na totalidade) são imodestas. O melhor critério para esse discernimento é a formação da consciência e a diária pergunta, diante do espelho: “Será que agrado a Deus com essa roupa?”
Enfim, é bom perceber que nem toda roupa imodesta é esteticamente feia, e nem toda roupa modesta é sempre bela e elegante. É possível, assim, ser imodesta e brega, imodesta mas esteticamente bonita e na moda, bem como modesta e brega, e modesta com elegância. No conflito entre a modéstia e a imodéstia, deve aquela sempre prevalecer, ainda que a custas de parecer brega, embora o ideal seja a busca de conjugar a modéstia com o vestir contemporâneo: noutros termos, ser recatada mas na moda, preservar o pudor porém mantendo a elegância.
Cardeal Antonelli pede reconhecimento econômico do trabalho doméstico
Intervenção do presidente do Conselho Pontifício para a Família
O prelado falou sobre o tema “família e empresa, células vitais da sociedade”, em uma reunião da União Católica de Empresários e Executivos (UCID), em Roma. Suas propostas foram recolhidas no dia 26 de fevereiro, pela edição diária em língua italiana do L'Osservatore Romano.
Durante sua intervenção, o cardeal italiano destacou que “o trabalho doméstico merece um reconhecimento econômico”.
Também disse que “as famílias numerosas merecem reduções especiais e facilidades financeiras”. Para ilustrar isso, deu o exemplo da França e da Alemanha, onde “as famílias com três filhos pagam dois ou três mil euros a menos”.
O cardeal Antonelli afirmou que “o trabalho da mulher e a procriação dos filhos são compatíveis”.
Convidou a desenvolver serviços para as famílias: para as crianças, creches familiares, de bairro, de empresa; para os idosos e deficientes, serviços de assistência. Mas também indicou a importância de oferecer às mulheres uma “variedade de oportunidades no trabalho profissional: tempo reduzido, teletrabalho, flexibilidade de horários e férias”.
Frente aos membros da UCID, o presidente do Conselho Pontifício para a Família também chamou a atenção sobre os efeitos negativos da falta da figura paterna, que repercute em toda a sociedade.
Segundo Antonelli, entre as principais causas se encontra “a evolução do trabalho, que leva os dois pais para fora de casa” e sobretudo “a presença feminina, cada vez mais importante no mundo do trabalho”.
“A autorrealização buscada pela mulher em seu trabalho, em sua carreira e em seu êxito social, tem como preço a renúncia ao casamento e aos filhos”, deplorou.
O cardeal Antonelli também denunciou a ideologia de gênero, para a qual não conta o sexo biológico, mas a orientação que cada um escolhe livremente, constrói para si e muda segundo seus desejos.