Por Maria da Ascenção Ferreira Apolônia | ||||||
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Em janeiro [de 2003] entrou em vigor no Brasil o novo código de Direito Civil, que busca fortalecer a participação da família: pai e mãe na responsabilidade conjunta de educar os filhos, quando a unidade garantida pelo casamento se desfez. Neste momento, em que a sociedade brasileira é convidada a refletir sobre os avanços ou retrocessos do novo código, é conveniente conhecer o longo percurso histórico trilhado por sucessivas gerações no contínuo esforço por garantir à família a estabilidade inerente à união monogâmica. Esse cume de justiça – em que mulher e filhos são considerados pessoas e, portanto, merecedores de condições que lhes assegurem as várias faces do desenvolvimento humano – foi arduamente conquistado, ao longo dos séculos, graças à progressiva implantação do casamento monogâmico, que teve ainda o mérito de instaurar a efetiva e crescente dignificação da mulher, introduzida na Idade Média. Mais do que nunca é oportuno lembrar à sociedade brasileira que esse legado em favor dos mais frágeis: a mulher e os filhos, teve como preço o sangue e as lágrimas das gerações que nos precederam. As conquistas do presente só podem ser avaliadas como vitórias, se não dispensarmos o discernimento que a dimensão histórica é capaz de nos oferecer. Só então estaremos aptos a identificar o que é avanço ou retrocesso, podendo, de peito aberto, festejar e saborear como vitória o que representou um autêntico benefício à sociedade. Do contrário, corremos o risco de levar gato por lebre, e comemorar ingenuamente, como êxito, a nossa própria derrota. Para alcançarmos esse sentido de justiça, é necessário surpreender, com o próprio olhar, a lenta gestação da dignidade da mulher e da família no decurso do processo histórico. Os primeiros passos da humanidade rumo a dignificação da mulher foram registrados, com maior nitidez, a partir do século IX, em grande parte, à medida que a sociedade medieval adotava a prática do casamento monogâmico, que conferiu à mulher um novo estatuto no plano das relações sociais: ela passou a ser o módulo essencial para a constituição da família 1, garantindo-lhe unidade e solidez. Jorge Borges Macedo, em artigo publicado pela revista Oceanos, estuda as causas da participação política e do crescente prestígio social que a mulher conquistou no decorrer da Idade Média. Ele aponta o casamento monogâmico como um dos fatores decisivos para a progressiva intervenção feminina na Corte e nos domínios senhoriais, a partir do século XII, em Portugal. Nas palavras do autor: “Para o mundo medieval, os casamentos reais e senhoriais são atos políticos providos de eficácia pública. Nesse aspecto, a mulher tornou-se, assim, a garantia de funcionamento dos sistema político ou social, assim como a condição básica da sua estabilidade” 2. Para melhor avaliarmos o salto de qualidade que representou a participação feminina no campo político, diligentemente preservado como o espaço por excelência do homem, basta ter em conta a condição da mulher nos séculos em que vigorou o Império Romano. Mediante o patris potestas, cabia ao pai decidir sobre a vida dos filhos que gostaria de alimentar. Tal como ocorre atualmente na China, os meninos eram preferidos em detrimento das meninas, que só gozavam de maior apreço na condição de primeira filha. De acordo com Régine Pernoud, entre os celtas, germânicos e nórdicos vigorava uma maior igualdade entre homem e mulher no interior da família: “O regime familiar inclinava [os cônjuges] a reconhecer o caráter indissolúvel da união entre o homem e a mulher, e, no caso dos francos, por exemplo, constata-se que o wehrgeld, o preço do sangue, é o mesmo para a mulher e para o homem, o que implica um certo sentido de igualdade” 3. Acrescenta que a concepção cristã do casamento, implantada ao longo da Idade Média, em virtude da conversão das tribos bárbaras, propiciou e fortaleceu a igualdade e a reciprocidade entre os esposos. Instaurava-se, por assim dizer, uma simetria no relacionamento entre homem e mulher: “A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma, o marido não pode dispor de seu corpo: ele pertence à sua esposa” (1 Cor 7, 4) 4. Esta concepção radical e renovadora da relação: homem mulher, em confronto com a cultura antiga e pagã de cunho machista, implicou a introdução de uma nova mentalidade e de um novo olhar relativamente à imagem e identidade femininas. E ela só se instaurou pouco a pouco, com forte e inevitável dificuldade, nas regiões que sofreram o domínio romano. Nas palavras do jurista Robert Villers: “Em Roma, a mulher, sem exagero ou paradoxo, não era sujeito de direito... Sua condição pessoal, as relações da mulher com seus pais ou com seu marido são da competência dadomus da qual o pai, o sogro ou o marido são os chefes todo-poderosos... A mulher é unicamente um objeto” 5. Para o Direito Romano, a mulher era uma perpétua menor, que passava da tutela do pai à do marido. Régine Pernoud atribui ainda à reimplantação do Direito Romano, em vários países da Europa, no século XVI, a responsabilidade pelo retrocesso da atuação feminina no âmbito familiar, social e político. A mulher que vinha conquistando espaço, do século X ao XIII, no âmbito familiar, na sociedade e na arte, sofre um eclipse no período subseqüente, resgatando o prestígio que conquistara na sociedade medieval somente no século XX6. Os benefícios do casamento monogâmico não se restringiram à possibilidade de o espaço social e político contar com a intervenção feminina. A mudança mais significativa relativamente à dignidade da mulher deu-se no plano da relação: feminino masculino. Em que condições de segurança viviam as mulheres nas tribos bárbaras, ainda não cristianizadas? Relata Georges Duby que nos primeiros séculos da Idade Média e, em algumas regiões, mesmo nos séculos XI e XII, as mulheres estavam expostas a contínuos riscos quanto à integridade física e emocional 7. Tal como retratam alguns filmes atuais: Coração Valente ou Joana d’Arc, as donzelas eram freqüentemente violentadas. Duby menciona o fato de que bandos de jovens rebeldes eram estimulados a se “divertir” longe das fronteiras da região natal. Por isso invadiam condados vizinhos com o intuito de violentar coletivamente suas mulheres e donzelas. Foram necessários séculos para evoluir da barbárie à civilização no que concerne à relação entre homem e mulher. Porém, o avanço representado pela união monogâmica, como lembra o historiador português Jorge Macedo, atingiria níveis muito mais altos no relacionamento entre homem e mulher. O casamento no mundo ocidental e cristão pressupunha uma troca de informações sobre o outro, base da relação de pessoa a pessoa, que se instaurava no âmbito familiar, à medida que a mulher deixava de ser um mero objeto de fecundação substituível e descartável, para ser uma presença permanente, capaz de contribuir para a unidade e humanização da família. E a arte passaria, ao longo da Idade Média, a exercer um papel social de relevo, ao propiciar o conhecimento da alteridade, na revelação desse mundo interior do outro, cuja contemplação está, muitas vezes, velada nas relações quotidianas, mas que a poesia, o romance, a pintura ou a crônica põem diante dos olhos do leitor, instigando-o a levar em conta as nuanças de sensibilidade, de comportamento ou de valores inerentes ao outro. Como conseqüência da relação pessoal, necessária à prática do casamento monogâmico, fez-se mais claro tanto no quotidiano do ambiente familiar, quanto no universo político e social, que a relação de pessoa a pessoa não podia ser somente um ato voluntário ou de razão 8, mas impregnado de afetividade. Ora, as decisões que se enriqueciam com o ingrediente afetivo, ganhavam em qualidade na constante renovação da responsabilidade que igualmente implicavam. Afirma Borges que o estudo e a análise das relações de afeto no casamento monogâmico, tornou-se “(...) uma característica essencial de todas as sociedades européias: o universo afetivo de escolha e a consciência íntima que a ela preside tornaram-se, em pouco tempo, essenciais ao quotidiano, assim como o cerne da focagem literária e artística do ideal da convivência e um campo necessário de expressão moral e antropológica”9. Em síntese, no casamento monogâmico está pressuposto um conceito muito alto do ser humano, que não merece menos do que a fidelidade recíproca entre homem e mulher. O mesmo se dá em relação aos filhos, que não merecem menos do que a presença acolhedora, afetiva e exigente dos pais, cujos esforços convergem para a humanização da família e, de modo especial, dos filhos. Nada substitui o cume em humanidade representado pela união monogâmica, incluído o novo código civil, no esforço por minimizar a perda imposta às vítimas de um casamento que se desfez ou que não houve. Mas, nesse momento, em pleno século XXI, impõe-se a pergunta: não seria um retrocesso apontar os benefícios do casamento monogâmico, quando a mídia e alguns segmentos da sociedade aplaudem o namoro e o casamento descartáveis? Não. Em hipótese alguma. O casamento ou o namoro à dinamarquesa, inerentes à barbárie, é que constituem um retrocesso relativamente à união monogâmica, e só se instauram – tal como assinala o percurso histórico –, mediante o rebaixamento do cônjuge à condição de ser descartável, diminuído por um amor (seria amor?) tão desumano quanto a maionese ou a margarina: com prazo de validade vencido. Em suma, a poligamia, oficiosa ou garantida por lei, reduz homem e mulher à categoria de ingênua marionete no jogo machista ou feminista do prazer a qualquer preço. E, neste caso, o preço é alto, muito alto: a angústia de se sentir usado, a dor e o sabor amargos de quem negou a si mesmo o direito de amar e ser amado como pessoa, e consentiu em desprezar-se, vivendo dos despojos de sua própria humanidade. NOTAS: (1) Cf. Jorge Borges Macedo, “Mulheres e Política no século XV português”. In: Oceanos: Mulheres no mar salgado, n.21, jan-mar 1995, pág.19. (2) Ibidem. (3) La femme au temps des cathédrales, Stock, Paris, 1980, pág. 172. (4) cf. Idem, págs.173-174. (5) Idem, págs.19-20. (6) A esse respeito, leia-se o prefácio da historiadora francesa que serve de apresentação à obra acima citada. (7) Sobre esse assunto, consulte-se, do mencionado autor, a obra: Damas do século XII: a lembrança das ancestrais (tradução de Maria Lúcia Machado), Companhia das Letras, São Paulo, 1997. (8) Jorge Borges Macedo, op. cit., pág.19. (9) Idem. | ||||||
Maria da Ascenção Ferreira Apolônia Doutora em Literatura Portuguesa pela USP, professora na Universidade São Marcos, e pós-doutoranda na UNICAMP, onde desenvolve projeto de pesquisa sobre a imagem e identidade femininas. |
Não sei na vida de vocês, mas, na minha, frases como essa eram muito comuns. Fosse uma festa ou um simples almoço em casa, toda situação trazia ensinamentos de como se portar, de como ser uma mulher-modelo como minha mãe.
Quando entramos, minha irmã e eu, na adolescência, foi engraçado ver seu espanto com os palavrões que a cada dia trazíamos para casa. Mesmo nos momentos de mais completa raiva, ela não deixava escapar nem um. Chegava até a começar a dizer, mas não ia até o fim. “F…”
Eu usaria tranquilamente palavras como “modesta”, “educada” e até “resignada” para descrever minha mãe, mas minha irmã e eu resolvemos que o título de “lady” resumia o pacote completo de suas atitudes e regras. Sempre fazíamos uma certa troça disso e ela ficava um tanto brava, mas fato é que ambas aprendemos várias coisas, embora talvez continuemos falando mais palavrões do que se espera de uma lady, rindo alto demais e sentando com a coluna toda torta.
É para quem não teve esse tipo de “treinamento” ou para quem, como eu, precisa lembrar uma regrinhas, que a americana Jordan Christy (foto acima), de 24 anos, escreveu How to Be a Hepburn in a Hilton World: The Art of Living with Style, Class, and Grace (Como ser Hepburn num mundo de Hilton: a arte de viver com estilo, classe e graça, sem previsão de lançamento no Brasil).
Lançado este mês, o livro lamenta a ascensão das “garotas estúpidas”, representadas por celebridades como Paris Hilton e Lidsay Lohan e suas vidas de sexo, drogas e rock’n roll. E prega a volta das mulheres com tato, articuladas, fofas mas modestas, as “versões mais inteligentes de nós mesmas”.
Para substituir Hilton, Jordan escolhe Audrey Hepburn, a “bonequinha de luxo” que, além da beleza e da elegância, era conhecida por falar várias línguas e pelo trabalho como embaixadora do Unicef – muito antes de Angelina Jolie.
As lições para atingir a suposta perfeição estendem-se pelos capítulos “Mantenha suas bochechas para cima e sua saia para baixo”, “Vista-se para impressionar”, “Menos é mais”, “Escolha seus amigos sabiamente” e “Deixe que ele ligue”. Qualquer semelhança com os ensinamentos da mãe ou da vovó não é mera coincidência. Tanto que algumas feministas acusam o livro de jogar no lixo todas as conquistas das mulheres nas últimas décadas. Então não podemos beber como os homens nem xingar como eles depois de tantos anos de luta pela igualdade?
O que você acha: as mulheres devem deixar de lado os comportamentos “masculinos” para serem verdadeiras ladies?
O que, para você, é ser uma lady?
Resposta do Mons. José Luiz Marinho Villac — A consulente nos apresenta um problema para o qual a solução é realmente uma só: o heroísmo! Quer o casal dissolva o casamento –– e cada um dos cônjuges tenha a coragem de viver sozinho para o resto da vida –– ou ambos tomem a decisão de manter o casamento “que por si só foi um desastre”, ambas as soluções só são viáveis se cada um dos cônjuges, ou pelo menos um deles, resolver abraçar o heroísmo. Ora, o heroísmo é uma disposição de alma muito rara em todas as épocas, por isso mesmo todos os povos sempre cultuaram os seus heróis como seres excepcionais, que merecem uma honra toda especial. De onde se chega à conclusão óbvia de que o problema apresentado não tem solução, na imensíssima maioria dos casos, máxime em nossa época em que a observância habitual dos princípios e normas do catolicismo é quase tão rara quanto o próprio heroísmo. Então, é forçoso reconhecer que o problema não tem realmente solução... fora do heroísmo!
Nos seus termos sintéticos, essa situação é dolorosa e simplesmente assustadora para a maioria das pessoas que nela se encontram. Mas há algo mais a dizer, inclusive conselhos práticos, que desdobram esta resposta e ajudam as pessoas a enfrentar essas dificuldades. Fá-lo-emos a seguir.
A minissaia introduziu “um novo estilo de vida”
A primeira consideração a fazer é que a situação não era essa há 50 anos, pelo menos no Brasil. Já nos EUA, a introdução do divórcio levava aos casamentos sucessivos –– motivo de escândalo para todo o mundo –– noticiados avidamente pela imprensa, fazendo consciente ou inconscientemente a disseminação.
Mas certas forças atuavam conscientemente no sentido da dissolução dos princípios e das normas da moral católica. A introdução da minissaia é um exemplo característico, que marcou época. O almanaque de “O Globo”, que reuniu em fascículos os principais fatos do século XX, assim noticiou o acontecimento: “O público viu perplexo as saias subirem acima dos joelhos no desfile da coleção primavera-verão do costureiro francês André Courrèges, no inverno de 1965. Mas o sucesso da minissaia e do minivestido deveu-se em grande parte à jovem estilista inglesa Mary Quant, [...] que encolheu ainda mais a bainha das saias, popularizando a haute couture do mestre francês mesmo fora do continente. Não só a roupa mudava, mas a mulher que a vestia, com um novo estilo de vida” (op. cit., fascículo 23, p. 551 — destaque em negrito nosso).
Ficava claro, portanto, que a introdução da minissaia não era uma simples questão de moda, mas visava introduzir “um novo estilo de vida” para “a mulher que a vestia”.
Ora, segundo o ditado que tem muito de verdadeiro, a mulher faz o homem. Então não era apenas a mulher que adotava um novo estilo de vida, mas o homem também, já que pelos desígnios de Deus o homem e a mulher foram criados um para o outro, para a transmissão da vida e todas as outras metas para as quais existe a família. Assim, era um novo estilo de vida que se introduzia também na família, marcada agora pelo hedonismo, e portanto pelo egoísmo, pois a busca do prazer pelo prazer (hedonismo) é fundamentalmente egoísta.
Como esperar que esse novo estilo de vida, marcado pelo egoísmo, não desse no que deu? Isto é, o casamento, que antes durava “até que a morte os separe”, segundo a fórmula clássica, passou a durar apenas enquanto o egoísmo dos cônjuges o suportasse. Sobretudo depois da introdução do divórcio no Brasil em 1977, “legalizando” as separações que já se vinham fazendo de fato.
Portanto, a pergunta apresentada pela consulente não tem solução enquanto durar esse “novo estilo de vida”. Para que se torne possível uma solução, é preciso dar uma volta atrás nesse “novo estilo de vida”. Mas que passos imensos será preciso dar, para voltar atrás nesse e em muitos outros pontos...
Daí a convicção das pessoas retas e sensatas, de que isso só será possível com uma intervenção extraordinária da Providência, conforme tratamos na matéria desta coluna no mês passado (mais importante, aliás, do que terá pensado algum leitor desatento).
Alguns conselhos prudenciais
Enquanto não se der essa intervenção extraordinária da Providência, anunciada por Nossa Senhora em Fátima, é preciso ir tocando a vida para a frente, e a consulente agradeceria certamente que lhe déssemos alguns conselhos práticos.
O primeiro é considerar, em função do que acima expusemos, que o seu caso concreto não resulta apenas de circunstâncias pessoais peculiares ao casal. Os esposos devem compreender que o mundo todo está virado de pernas para o ar, e é nesse mundo que temos de viver, enquanto não se produzir a regeneração cristã da humanidade. Assim, um segundo casamento não resolverá nada, pois além de infringir os Mandamentos da lei de Deus e da Igreja, é muito provável que os problemas do primeiro casamento não tardem a reaparecer no segundo. Daí as notícias freqüentes de terceiro e quarto casamentos...
É mais prudente, portanto, tentar resolver as fricções que tornaram o primeiro casamento “um desastre”, segundo observa a missivista. Como dizem que o amor é cego, cada um dos cônjuges provavelmente fechou os olhos para os defeitos do outro, os quais depois se tornaram patentes. Além de ser muito comum, aliás, que durante o noivado cada cônjuge tenha ocultado seus defeitos, justamente com receio de pôr a perder o casamento.
Bem, e o que acontece quando não dá mais para ocultá-los? Cada defeito provoca uma irritação, e assim começa a “caça aos defeitos” do outro...
Conheço o fato de um casal em que um dos cônjuges se deu conta da situação, e disse ao outro: “Nós estamos a ponto de nos separarmos, porque cada um de nós só vê os defeitos do outro. Que tal se, em vez de só olharmos os defeitos um do outro, passássemos a olhar apenas as qualidades?” O casal se reabilitou, abandonou os planos de separação, e o convívio se tornou novamente harmonioso. Esta espécie de milagre ocorreu exatamente depois que lhes chegou em casa uma Medalha Milagrosa, e por meio dela receberam essa graça extraordinária.
O divórcio e a doutrina católica Talvez aí esteja a solução, que pode ser obtida por meio de Nossa Senhora rezando o Terço (por que não o casal em conjunto, e se possível com os filhos?), usando uma Medalha Milagrosa ou um outro objeto religioso abençoado, que a Santa Igreja oferece em abundância. O heroísmo, que em medida maior ou menor é sempre necessário na vida de um católico, se tornará mais fácil de praticar, reduzido à altura de nossas forças atuais.
Entrar para uma via fora dos Mandamentos da Lei de Deus não é admissível. Desastre maior que esse, não há. Que Nossa Senhora do Bom Conselho os ajude a restabelecer a harmonia familiar e a andar sempre nas vias divinas da salvação.
E-mail do autor:monsenhorjoseluiz@catolicismo.com.br
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Marcela Giulia do blog Beleza Real (a do banner), estará no Programa “Revolução Jesus” na TV Canção Nova, desta quarta-feira, dia 1º de julho, às 23hs.
Ela falará sobre a Beleza, Moda e Modéstia e como os critérios do mundo afetam a nossa visão sobre este temas e como podemos, com a visão original de Deus, recobrar o nossa autêntico modelo de beleza!
Marcela Giulia é prima da Julie Marie, do blog Moda e Modéstia.
Os códigos modernos da moda seguem uma máxima flexível: Hoje pode tudo, a pessoa só tem que saber carregar. Traduzindo: qualquer um pode vestir qualquer coisa, desde que lhe caia bem.
A coluna achou uma dupla defendendo que não é bem assim. Quem corta o barato do “vale tudo” das roupas são as consultoras Neca Gonzaga e Roberta Gerhardt. Depois do horário comercial, elas explicam, o critério pode ser vestir o que se gosta, já que cabe a cada um eleger o personagem a interpretar. A situação muda quando o assunto é roupa para o trabalho.
– É uma confusão, as pessoas não sabem mais o que vestir nas empresas – alerta a dupla. – Há uma insegurança entre ser formal, para dar credibilidade, ou descontraído, para passar modernidade – diz Roberta, advogada que há cinco anos trabalha com moda.
Que vivemos dias menos formais na maneira de se vestir, disso, nem elas discordam. A batalha que travam é pela diferenciação. Informalidade, afirmam, não quer dizer desleixo. Antes de falar o que é certo ou errado, a palavra de ordem para essas consultoras é apontar o que é adequado.
– Estar com a última moda, muito moderno, não pode. Visual engomadinho, certinho, também não serve. E Roberta complementa: – Quem fica trocando de roupa a toda hora passa uma ideia de superficialidade.
Mas então, qual é o jeito adequado?
– A roupa de trabalho tem que passar a mensagem correta sobre a área em que o profissional atua, com um toque pessoal – diz Neca Gonzaga, experiente profissional do mercado de moda, com passagem pela Europa e Estados Unidos.
Para as mulheres, roupa sensual, muito justa ou muito curta não pode. Peças com brilho, salto muito alto, também não. Sandália com os dedos aparecendo, então, deixe para mais tarde. Decotes e calça de cintura baixa, quase “pagando cofrinho” (deixando o derrière aparecendo) é gafe sem desculpa.
– O objetivo não é ficar com um visual chato, mas ser prático e funcional – comenta Roberta.
Para cometer uma extravagância ali, outra aqui é preciso conhecimento para não errar. Uma dica simples é fazer o teste do “ou”. “Ou” usa brinco grande, “ou” colar, “ou” lenço. Nunca resolva colocar tudo junto. Vale para tudo. Os homens também devem se ligar. Calça jeans e camiseta pode, dependendo da profissão. Mas não tão surradas que tenham cara de roupa de fim de semana.
– Quando alguém chega para falar com o cidadão, parece que ele estava descansando e foi surpreendido – brinca Neca.
Na visão das consultoras – elas acabam de abrir uma empresa focada na vestimenta profissional para desenvolvimento de uniformes, de código de roupas para empresas e treinamentos – a roupa tem que ser uma segunda pele.
– Aparência conta, sim. Num mercado competitivo como o de hoje, entre dois currículos iguais, um critério de desempate leva em conta o impacto visual – enfatiza Roberta. – Quem acha que é frescura, sai perdendo.
Pelas dicas da dupla, comprar sem temer a fatura do cartão de crédito passa longe de ser a solução para um bom guarda-roupa.
– Além de ser pouco inteligente, nem pega bem. Não é o momento de ser consumista. O ideal é ter poucas peças, mas de qualidade. Comprar muito passa a ideia de um consumismo bobo, quase uma ingenuidade que beira o cafona.
O segredo está na compra e na composição eficiente. Por isso, Estilo Próprio pediu sugestões de como alguns profissionais devem se produzir.
Como afetam, realmente, aos homens as vestimentas ”sexy” das mulheres? Como homem, gostaria de explicá-lo. Freqüentemente, vejo mulheres em “jeans” apertados, vestidos ajustados ao corpo e mini-saias. Algumas levam calças “rasgadas”, blusas decotadas e suéteres apertados, enquanto que outras mostram partes de seus sutiãs. As mulheres estão vestindo modas “sexy” em todos os lugares: nas escolas, no trabalho e até na Igreja.
Estão estas mulheres tratando de ser honradas e respeitadas pelos homens? Às vezes, pergunto-me quais serão os motivos em seu interior. Estão tratando de ser atrativas e estar na moda? Ou de encontrar um bom marido e amor permanente? De conseguir um encontro, ou de incrementar sua confiança em si mesmas?
Podem ser estas as razões ou outras, mas o certo é que o vestir-se “sexy” não faz com que os homens honrem ou respeitem as mulheres. De fato, em realidade, garantem que os homens não as honrem nem as respeitem. Se quer que um homem a respeite, e talvez se enamore, então, deve lhe mostrar que se respeita a si mesma e que reconhece sua dignidade perante Deus. A melhor maneira de mostrar isto é a modéstia na vestimenta, nas palavras, nos pensamentos e nas ações.
É natural querer vestir-se atrativamente. Porém, às vezes, sem dar-se conta, as mulheres que portam vestimentas “sexy” estão se “vestindo para o sexual”. Isto é, de uma maneira que provoca pensamentos sexuais nos homens. Por que os homens reagem dessa maneira e por que as mulheres nem sempre se dão conta disso? Porque os homens e as mulheres são feitos de maneira diferente no que se refere ao corpo humano.
O fato é que não se necessita muito estímulo visual para que os homens se excitem sexualmente. A visão do corpo de uma mulher, ainda que pouco e ainda que a moça seja completamente desconhecida, pode despertar pensamentos sexuais instantaneamente. Isto pode ser difícil de entender para as mulheres, mas é absolutamente certo.
E as mulheres? Minhas amigas dizem-me que, certamente, as mulheres apreciam os homens bonitos, mas não são afetadas da mesma maneira intensa que os homens. Elas pensam, por exemplo, que as palavras de amor, a ternura e o apreço sincero são muito mais significativas que as imagens físicas dos homens.
Dadas estas diferenças, não há dúvidas que as vestimentas “sexy” chamam a atenção do homem. Para algumas mulheres, isto pode ser divertido a princípio, mas ao final não é tanto, porque não atraem a atenção – ou o homem – que uma mulher quer. Por quê? Porque isto causa que os homens queiram “usar” as mulheres sexualmente em lugar de amá-las por quem são.
Não se esqueça, o ato de ver o corpo de uma mulher é um estímulo tão forte para os homens que, a menos que estejam bem habituados e/ou sejam altamente disciplinados, terão momentos muito difíceis tratando de controlar seus pensamentos sexuais.
E uma vez que estes pensamentos começam, freqüentemente se convertem em pensamentos impuros como “se pudéssemos estar sozinhos” ou “eu gostaria de fazer”. Isso se chama luxúria, e a roupa que as mulheres usam pode disparar estes pensamentos em um segundo. Sim, os homens são culpáveis de se alimentarem de pensamentos luxuriosos. Mas os homens decentes querem evitar esses pensamentos e esperam que as mulheres os ajudem, exercitando a virtude e usando roupa modesta que não conduza a fortes tentações.
O que faz com que os homens vejam as mulheres como objetos sexuais?
Ainda que tu não saibas, se te vestes com roupa reveladora, muitos homens ver-te-ão como um objeto sexual. Não somente isso, a maneira de vestir-te pode afetar como os homens vêem a outras mulheres também. Quando se provoca os homens, fazendo-os ver mulheres de maneira luxuriosa, tendem a desenvolver uma visão errônea de todas as mulheres, fazendo com que vejam e tratem a outras mulheres, que se encontrem depois, como objetos sexuais.
Assim o fazem, consciente ou inconscientemente, se te apresentas de uma maneira sexualmente reveladora. Ainda que ligeiramente, muitos homens desejarão teu corpo para o prazer, sem preocupar-se em considerar-te como uma pessoa integral. Muitos homens ver-te-ão como sexualmente fácil. Outros, estarão constantemente distraídos com tentações sexuais e lhes será difícil poder te conhecer como uma pessoa.
Alguns atacar-te-ão verbalmente ou dir-te-ão qualquer coisa que desejes ouvir, somente para te levar à cama. E ainda outros tratarão de manusear-te e até violar-te.
Porém, deixa-me esclarecer-te: não importa como se veste uma mulher, isso nunca é uma desculpa para o estupro, ou para a agressão sexual de nenhuma classe. Os homens que cometem estes atos realizam um monstruoso pecado e um crime atroz. Nada do que estou dizendo é uma desculpa ou razão para que algum homem viole uma mulher ou cometa qualquer outro crime.
E, por certo, não te deixes enganar pelas revistas de mulheres que fazem parecer que cada jovem está buscando sexo e tu “tens que te vestir sexy” para conseguir um bom namorado, ou esposo. Isso não é verdade. Somente os homens que querem se aproveitar de ti sexualmente, animar-te-ão para que te vistas dessa maneira. Tu não tens que exibir teu corpo para encontrar um bom homem.
Há quem se enamore de ti, mas de quem realmente és em teu interior
Então, que tipo de atenção realmente queres? A maior parte das mulheres querem ser amadas e respeitadas pelo que elas são, não pelo atrativo do seu corpo. Não é isso o que tu queres? Não queres ser amada por um homem sincero, puro e virtuoso que tem confiança em si mesmo, é disciplinado e está comprometido com sua relação?
Eu sei que não queres ser usada pelos homens, e que não queres encontrar-te em uma relação, ou casada com um homem que não tem controle de si mesmo – um homem que busca rápidas satisfações ou que deseja cada menina bonita que vê.
Katherine Kersten, comentarista do “National Public Radio” e presidenta da junta diretiva de “Center of the American Experiment” escreve: “Mas a modéstia implica algo mais: simples justiça. Nós, as mulheres, pedimos respeito dos homens, insistindo em que nos valorizem não por nossa aparência, mas por quem somos. É uma hipocrisia dizer isto e, ao mesmo tempo, vestir-se e atuar imodestamente, provocando intencionalmente o desejo sexual e dando sinais de estar facilmente aberta a esses desejos. Atuar desta maneira é ferir nossa própria dignidade, é tratar-nos a nós mesmas como objetos sexuais. Além de tudo, é verdadeiramente injusto, porque significa que consideramos que os homens estão em uma posição mais alta que nós”.
Prepara-te para o amor duradouro
Se estás buscando um amor duradouro e um matrimônio para toda a vida, que una as mentes, as almas e os corpos, a melhor maneira de consegui-lo é sendo o tipo de pessoa que queres que teu futuro esposo seja. Pensa em ti mesma e em teu futuro cônjuge como alguém com integridade, com uma personalidade vital e um caráter firme. Se tu desenvolves estas qualidades e as demonstras por meio das palavras, ações e aparência, ajudar-te-á a atrair o mesmo em teu esposo. Há muitos homens bons por aí; homens que têm personalidades maravilhosas, homens que são respeitosos, inteligentes e que buscam uma relação duradoura; homens que serão fiéis e comprometer-se-ão com uma esposa por toda a vida. Para encontrar um homem verdadeiramente honrável como este, recorda que ele se sentirá atraído por uma mulher que se veste modestamente como sinal de pureza; por alguém que reconhece que cada pessoa foi criada à imagem e semelhança de Deus.
Ao vestir-se modestamente, uma mulher mostra que sabe que fomos feitos para amar e ser amados, como pessoas únicas e irrepetíveis. Ela também mostra respeito por seu corpo e por sua alma imortal, dois dons sagrados que devem ser tratados com dignidade e respeito.
Como homem, termino dizendo que aprecio sinceramente a mulheres que fazem um maior esforço para vestir-se modestamente. Conheço várias mulheres atrativas que sempre se vestem com lindas roupas e estilos modestos. O que faz estas mulheres ainda mais atrativas que sua beleza física e a roupa de moda que usam, é sua modéstia. É uma virtude que as fazem brilhar de uma forma bela. Mostram que são consideradas, que têm uma fortaleza interior e uma grande auto-estima. A modéstia mostra também um coração puro e um desejo generoso de guardar-se para um futuro esposo.
Pensa por um momento: o que dizem teus vestidos de ti?
P.S.: A modéstia é uma bela virtude! Os homens também se beneficiam dela.
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Essa projeção foi feita com muito carinho, é uma das melhores que disponho. Na apresentação, vocês poderão escutar a música de fundo. Repassem para seus amigos! Se desejam baixar a projeção Vestimenta da mulher cristã, basta clicar em vestes_da_mulher_crista