A querida Letícia Maria Barbano, do programa Modéstia e Pudor - Rádio Vox, vai bater um papo comigo AO VIVO, pelo Youtube e pela rádio, hoje, às 21h. Falaremos sobre feminilidade, dignidade da mulher, e elegância e recato nas vestimentas.
Podes clicar na imagem abaixo para ir direto ao vídeo.
Quem perder, pode ver depois que fica armazenado no mesmo link.
Hoje, fomos passear em uma das praias de nosso município. Fomos meu marido, os filhos mais velhos, Maria Antônia e Bento, e meu marido, deixando a Theresa em casa com a empregada porque estava um pouco resfriada. Escolhemos uma parte deserta da costa para termos mais privacidade e calma.
O lazer é importante para recarregarmos as baterias e nem por ser praia devemos deixar a modéstia de lado. Em vez de um sensual biquíni - ainda mais se for desses biquínis brasileiros, "socados" -, um maiô e um short para proteger as partes pudorentas enquanto não se entra no mar.
Estive refletindo sobre uma discussão entre
mães, na qual algumas alegavam que valia andar de qualquer jeito dentro de casa,
sem se preocupar com o que está vestindo, e que podiam dormir e acordar a hora
que quisessem, uma vez que seu “turno” tem horário maluco. Em parte é verdade.
É certo que quando se tem um bebê em
casa ou quando os filhos são pequenos e estão adoentados pela noite é
necessário, quase vital, uma cochilada durante o dia. O que não vale é achar que,
por causa da maternidade, a vida e a rotina acabaram. Nem mesmo é justificativa
para que se tenha um bad hair day
perene.
Vou me dar ao trabalho de algo que deveria ter feito há muito tempo. Não o fiz antes porque, apesar de acharem que fico na frente de uma antiga penteadeira alisando as madeixas e usando a fita métrica para organizar meu coque, eu estava gestando uma vidinha que Nosso Senhor me mandou de presente e limpando crianças encatarradas no meio da madrugada. Sim, eu limpo isso e coisas piores, que fariam muito nerd católico surtar, dar pitís e ter desmaios consecutivos. Não tenho que me justificar de nada, devo conta da minha vida a Cristo e minha família, apenas. Mas sinto que meu apostolado está sendo usado como escárnio e esculachado, desviando do seu real sentido.
Nunca me pretendi doutora de nada, não entendo de moda, não sou fashionista, não conheço todos os autores sobre modéstia ou elegância do mundo, não sou especialista em literatura alguma, nem em Dostoiévsky nem na Coleção Vaga-Lume. Sou uma despretensiosa blogueira com um objetivo, um chamado a tratar sobre um tema, que até então, na época em que iniciei meu apostolado, era um terreno vazio.
Nunca me pretendi doutora de nada, não entendo de moda, não sou fashionista, não conheço todos os autores sobre modéstia ou elegância do mundo, não sou especialista em literatura alguma, nem em Dostoiévsky nem na Coleção Vaga-Lume. Sou uma despretensiosa blogueira com um objetivo, um chamado a tratar sobre um tema, que até então, na época em que iniciei meu apostolado, era um terreno vazio.
http://guiadobebe.uol.com.br/princesas-de-contos-de-fadas-moldam-feminilidade-em-criancas
Pesquisa revela que para crianças beleza estética e casamento são ideias associadas ao conceito do que é ser mulher.
No Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, a antropóloga Michele Escoura estudou de que maneira as imagens de princesas de contos de fadas servem como um referencial de gênero e exemplo de feminilidade. A pesquisa foi realizada com aproximadamente duzentas crianças de cinco anos de três escolas, públicas e particulares, do interior de São Paulo — duas em Jundiaí e uma em Marília. Por intermédio de observações participantes, Michele avaliou a influência exercida nas crianças pela marca registrada “Disney Princesas”. As imagens das personagens das produções cinematográficas dos estúdios Walt Disney estão presentes no imaginário e no cotidiano da maioria das meninas e carregam em si uma série de particulares significados. Segundo a antropóloga, é necessário mostrar a elas outros referenciais de mundo e do que é ser mulher.
Trago hoje, depois de uns dias de recesso, um artigo que li, por indicação do meu marido, Rafael. Trata-se de um texto de uma autora protestante, de tradição calvinista, e, por isso, mais teologicamente sólida do que a maioria dos evangélicos neopentecostais brasileiros.
comportamento
Indicação de texto: "A imagem da mulher medieval em O Sonho (1399) e Curial e Guelfa (c. 1460)"
Recomendo o excelente texto do Prof. Ricardo da Costa, que ajuda, brilhantemente, a desfazer os equívocos de certa historiografia feminista, a qual enxerga na Idade Média um passado de opressão à mulher.
Leia aqui.
Meu álbum de gravidez no Pinterest. Veja, clicando AQUI ou na imagem abaixo.
Da coluna Mulher 7x7, da Revista Época, trago este excelente artigo:
Taí um assunto que jamais se esgota: maternidade e trabalho. Hoje, a escritora Martha M. Batalha (mãe de dois), de Nova York, fala das mais novas discussões nos Estados Unidos.
As mulheres carregam sua própria cota de questões existenciais. Desde que o movimento feminista começou, tentamos responder de onde viemos, para onde vamos e o que estamos fazendo aqui. Nos últimos meses, aqui nos Estados Unidos, duas executivas que chegaram ao topo de suas carreiras fizeram declarações reveladoras sobre família e trabalho, causando polêmica sobre a forma como as mulheres profissionais são encaradas na sociedade.
Uma delas é a professora de Princenton Anne-Marie Slaughter. No ano passado ela abandonou o emprego dos seus sonhos, como diretora de políticas de planejamento do Departamento de Estado dos Estados Unidos, em Washington, para passar mais tempo com seus dois filhos adolescentes, em Nova Jersey. Anne-Marie escreveu um artigo para a revista The Atlantic dizendo que o que ela aprendeu com o feminismo estava errado: as mulheres não podem ter tudo, e existe uma hora em que devem escolher entre chegar ao topo de suas carreiras ou dar a devida atenção aos filhos. A outra é a COO do Facebook, Sheryl Sandberg, que declarou em uma entrevista que sai do trabalho todos os dias às cinco e meia para jantar às seis com seus dois filhos de 6 e 8 anos.
No ano e meio em que esteve no governo, Anne-Marie trabalhava quatorze horas por dia. Ela passava a semana em Washington e ia para casa nos fins de semana. Era o marido, também professor universitário, que cuidava dos filhos de 12 e 14 anos enquanto ela não estava por perto. Quando o mais velho começou a ter problemas comuns a qualquer adolescente – notas baixas na escola, mau comportamento em sala de aula e dificuldade de comunicação com os pais –, ela deixou seu cargo, voltou para casa e para a carreira de professora universitária em Princenton. Anne-Marie afirmou que a maioria das mulheres jamais conseguirá chegar ao topo de suas carreiras e manter uma boa vida familiar. As únicas que conseguem conciliar as duas coisas, segundo ela, são:
1- Extremamente ricas, e que por isso têm ajuda para criar os filhos
2- Supermulheres, que nunca dormem
3- Profissionais liberais, que fazem seus próprios horários
O artigo de Anne-Marie foi o mais lido da história da revista The Atlantic – em circulação há mais de 150 anos. Gerou 200 mil likes no Facebook, centenas de milhares de tweets. Ela recebeu o convite para escrever um livro baseado no assunto e foi entrevistada pelos principais jornais e programas de TV dos Estados Unidos.
Não há novidade no que ela fala. Toda mulher com filhos sabe que, depois do parto, sua vida será para sempre dividida. E a culpa por não trabalhar mais, ou por não passar mais tempo com os filhos, será constante.
O que é novo é o fato de uma mulher extremamente bem sucedida – e que serve de exemplo para as mulheres mais novas – assumir que não pode ter tudo. O que é novo é o fato de uma alta funcionária do Governo afirmar que deixou o emprego dos seus sonhos porque queria acordar de manhã e fazer waffles para os filhos – e dizer isso claramente em uma revista de circulação nacional.
De acordo com Anne-Marie, só será possível conciliar trabalho e vida familiar quando houver uma mudança na forma como as mulheres são tratadas no mercado de trabalho. Sair cedo por conta de algum compromisso com os filhos ou estar em casa a tempo de jantar com a família devem ser ações perfeitamente aceitáveis pelas empresas, o que ainda não acontece. Existe a ilusão de que ficar além da hora significa trabalhar melhor, mesmo que as horas extras trabalhadas sejam pouco produtivas.
É por isso que a declaração da COO do Facebook é tão importante. Quando uma das mulheres mais poderosas do mundo informa que seu tempo com a família é imprenscindível, ela está dando o exemplo para outras executivas e contribuindo para que o mercado de trabalho se torne mais gentil com as mulheres.
É também interessante notar que o artigo de Anne-Marie contradiz as declarações de Sheryl Sandberg. Anne-Marie diz que as mulheres não conseguem manter uma boa vida familiar e chegar ao topo, mas Sheryl chegou a COO do Facebook e janta com a família todos os dias. Vale lembrar que Sheryl se enquadra na categoria 2 das exceções de Anne-Marie – ela é uma supermulher. Tem diploma de Harvard e, antes de ser COO do Facebook, foi vice presidente do Google e alta funcionária do gabinete do governo Clinton.
Para o resto de nós, mortais, resta os rebolados de conciliar carreira e filhos. E torcer para que outras executivas e executivos pelo mundo sigam o exemplo da COO do Facebook.
Achei belíssimas fotos de mães muito lindas e elegantes, e seus filhotes, também muito chiques, no blog “We share ideas”:
Artigo do Carlos Ramalhete na Gazeta do Povo de ontem:
Gambá é um bicho que é muito atropelado. Não é difícil entender o porquê, quando se os vê atravessando a estrada, rebolando e jogando aquele rabão feio e pelado de um lado para o outro. Carcaça de gambá atropelado é uma dessas coisas que só urubu pode achar apetitoso, mas que são frequentes o suficiente para que quem viaja muito sempre as veja.
Em ambientes controlados, refrigerados e limpos, vemos outro tipo de carcaça animal: belas peças de alcatra e picanha, penduradas nas vitrines dos açougues. Tão bonitas que acho que o urubu iria demorar para entender que é para comer.
O problema começa quando o tratamento dado às alcatras começa a ser estendido a seres humanos, como fazem os muitos homens que tratam as mulheres como coisa, como peças de carne expostas em açougues. É um problema sério, que só pode ser combatido fazendo com que eles percebam que elas são muito mais que peças de carne. Reafirmando a sempre existente dignidade feminina que eles negam.
Infelizmente, há quem ache que a solução é passar de alcatra a carcaça de gambá atropelado. Como triste exemplo, sábado teremos uma passeata de carcaças de gambá em Curitiba, quando a edição local da “Marcha das Vadias” vai tentar desfazer o que resta de respeito à dignidade feminina, com direito a senhoras seminuas, com frases de efeito rabiscadas pelo corpo, berrando como almas penadas e assustando as crianças, os cachorros e mesmo algum gambá ou urubu perdido na cidade.
O equivalente masculino talvez fosse uma passeata de barrigudos de cuecas, com o controle remoto numa mão e a latinha de cerveja na outra, arrotando e coçando as partes, como forma de protesto contra a falta de reconhecimento da dignidade masculina. E, mesmo assim, seria um mal menor que a “Marcha das Vadias”, porque a dignidade feminina é infinitamente maior que a masculina. Sua negação – em grau menor pelos donjuans de porta de botequim e em dose máxima pelas vadias urrantes – é um atentado maior que a da masculina, por ser mais digno o alvo do atentado.
Costumo dizer que o feminismo tirou a mulher do pedestal e a arrastou para o açougue; as “vadias”, querendo ser carcaças de gambás atropelados, são apenas a versão já farsesca do mesmo erro fundamental de querer fazer a mulher descer ao nível do homem, achando que isto seria uma forma de melhorar sua situação social. A imbecilidade machista deve ser combatida pela afirmação da dignidade e da capacidade feminina, não pela imitação do pior do sexo masculino.
Nem alcatra, nem gambá: mulher.
"Roubartilhei" do In Mulieribus um texto da minha amiga e leitora Maite Tosta:
Quando se fala em feminilidade (especialmente usando uma metáfora floral), as pessoas costumam imaginar que a proposta apresentada é de uma feminilidade caricata, de mulheres “gueixas”, que só falam baixinho, que são “docinhas” 100% do tempo, que nunca se irritam…
Ora, assim como as flores vêm em diferentes cores e fragrâncias, também as mulheres têm suas peculiaridades. Não é possível criar um único perfil de mulher e esperar que todas se adequem. O fato de nós, católicas, termos Nossa Senhora por modelo não implica em representarmos um papel ou violentarmos nossa natureza.
O que vou falar a seguir não tem nenhuma base científica, é fruto das minhas meditações sobre o tema: Uma mocinha que, ainda adolescente, aceita a missão de ser a mãe do Salvador, meio que no escuro, sem saber o que vinha “no pacote”, que encara uma longa viagem no início da gravidez, para ajudar sua prima, que encara outra viagem já quase perto do parto, para um recenseamento, que dá a luz num estábulo, que com uma criança pequena precisa fugir para um país estrangeiro, com outra língua, sem conhecer ninguém, começar do zero, para proteger seu filho da morte… que quando seu filho de doze anos resolve ficar no templo sem avisar - e ela desesperada o procurou por três dias – na frente de doutores da lei, dentro do templo, toma a palavra e o repreende – e sabemos que a cultura judaica não era igualitária, a mulher não entrava em certos ambientes, não dirigia a palavra a homens que não eram de sua família, etc… uma mulher como essa não pode ser uma bonequinha de porcelana, uma fragilzinha, não é mesmo? Essa mulher de fibra acompanhou toda a paixão de seu filho… de pé junto à cruz o viu entregar o espírito. Não, com certeza não era uma “gueixa”… ser mansa e humilde não quer dizer ser mole.
Santa Teresa D´Avila não era mole, era uma mulher espirituosa e de “vontade forte”, como a descrevem. Os seus contemporâneos dizem que “tinha particular ar e graça no andar, no falar, no olhar, e em qualquer ação ou gesto que fizesse, ou qualquer estado de espírito que mostrasse. A veste ou roupa que trazia, embora fosse o pobre hábito de saial de sua Ordem ou um farrapo remendado que vestisse, tudo lhe caía bem”.
Já Santa Teresinha do Menino Jesus tinha acessos de timidez e inibição, e a sua pequena via, a infância espiritual, traz a marca de sua personalidade.
Algumas de nós são mais calmas, outras mais agitadas, umas mais coléricas, outras, mais melancólicas. A feminilidade abarca mil possibilidades, é um aspecto e não um estereótipo. Não acreditemos em opiniões que “vendam” um único tipo de mulher; busquemos desenvolver em nós as virtudes, de acordo com nossa personalidade e o ponto da jornada espiritual em que nos encontrarmos. Se contarmos com a ajuda de um diretor espiritual, tanto melhor. Mas não nos esforcemos para vestir um papel que não nos cabe.
Meu primeiro artigo na belíssima revista Vila Nova, da qual sou agora contratada como colunista, intitula-se "Ser mulher". Pode-se assinar a revista, aliás. Eu recomendo muito! É uma honra estar no time de uma revista que publica artigos do Carlos Ramalhete, do Taiguara Fernandes de Souza e tem o apoio explícito da Graça Salgueiro e do Olavo de Carvalho!
Abaixo o print screen do artigo.
Para ler toda a revista, inclusive o artigo, vá em: http://data.axmag.com/data/201205/U47399_F93828/index.html