PERGUNTA:
Cara Aline,
Primeiramente quero dar os parabéns pela divulgação do Domestica Ecclesia. É uma bênção sem sombra de dúvidas para a instituição da família, hoje em dia tão denegrida. Conheci hoje o site e pretendo visitá-lo frequentemente.
Vendo através dele os frutos que colheram não pude deixar de vir pedir auxílio. Entendo se não quiser responder. Estou passando por um momento de dúvida em minha vida.
Tenho um relacionamento com uma mulher, batista, eu sou católico. Não tenho dúvidas de minha fé, e reconheço nela uma pessoa muito boa, de fé em Deus, de valores e virtudes, com exceção a doutrina que compactua, muito galgada pela péssima catequese católica que temos por ai.
A pergunta que tenho feito e o site veio a levantá-la novamente é: será que é possível criar um ambiente familiar como o que tem?
Perdoe-me novamente a invasão. Muitas vezes não tenho a quem recorrer.
Fica com Deus.
RESPOSTA:
Ganhei mais um vestido da minha querida parceira Cassia Segeti. Aliás, ela acabou de colocar no ar a sua loja virtual, para facilitar a compra de seus belíssimos produtos.
O vestido é lindo, estampado floral, justinho no corpo sem apertar demais e sem ferir a modéstia. Aliás, o recato é uma das grandes preocupações da marca, que o promove junto da elegância e do bom gosto. Sem dúvida, um vestido muito feminino.
E ficou muito bem em mim grávida.
Sempre gostei de moda e me incomodava o jeito com a vulgaridade e a falta de decência nas vestimentas tomaram conta das passarelas e de nosso dia a dia, demonstrando uma incompreensão quanto à dignidade da mulher. Como dizia o Papa Pio XII, muitas mulheres "perderam o próprio conceito de perigo, o instinto da modéstia." Mesmo quando eu não era católica, esse problema da sociedade atual já me afetava e eu me sentia agredida com a excessiva sexualização das roupas.
Por outro lado, o tema da modéstia pode ser prejudicado por uma visão que não leva em conta a contemporaneidade, ficar preso às circunstâncias de um tempo que não existe mais, e criar um recato caricato.
"Moda e modéstia deveriam caminhar juntas como duas irmãs, porque ambos os vocábulos tem a mesma etimologia; do latim 'modus', quer dizer, a reta medida, além e aquém da qual não se pode encontrar o justo." (Pio XII)
O blog surgiu a partir de minhas reflexões sobre o estado da feminilidade atual, e sobre a necessidade de ser modesta sem ser brega ou antiquada, e ser moderna e fashion sem ser escrava das tendências e do que a indústria da moda nos empurra.
Trabalho com a formação da feminilidade e escrevendo sobre moda como uma de suas expressões desde 2006, na época do finado Orkut. Em 2008 comecei o blog. Não sou melhor do que ninguém e falta muita coisa para eu estudar e aprender, mas alguma experiência eu já tenho. E puder perceber, nesses anos todos, alguns equívocos quando se fala de moda feminina e cristianismo.
Listo abaixo os que considero mais presentes nas discussões atuais, quer na internet, nas redes sociais e nos blogs, quer no dia a dia das paróquias e movimentos cristãos. São nove sinais de que a sua concepção de modéstia pode não ser tão espiritualmente saudável assim.
Quem disse que grávida não pode se arrumar elegantemente para um casamento? Quem disse que a gravidez impede de achar lindos vestidos?
Sábado fomos a um casamento em Porto Alegre. Um delegado e uma delegada amigos nossos se uniram pelos laços do sagrado Matrimônio.
Usei esse vestido floral com um bolerinho para a igreja e a festa. A igreja é a belíssima Nossa Senhora das Dores, barroca, uma das mais lindas do Estado.
Na Catedral Metropolitana de São Francisco de Paula, na Arquidiocese de Pelotas, Rio Grande do Sul, celebramos o Rafa e eu nosso Matrimônio a 25 de outubro de 2008. Fazemos hoje, pois, seis anos de casamento!
Família é convivência no lar, é passeio na praça, é almoço ao redor da mesa, é brincadeira, é levantar de madrugada para ver nenê com febre, é trocar fralda, é colocar de castigo, é ir à igreja juntos aos Domingos, é esperar o papai fazer o churrasco, é descansar quando dá, e saber que tudo isso nos faz felizes aqui na terra e nos fará ainda mais felizes no céu, quando, pela graça de Deus, sairemos desse exílio.
Mas família também é ter divertimentos fora de casa, jantar fora e comparecer a eventos. No caso específico, um jantar beneficente.