
Ontem, 20 de Setembro, foi a data magna do gaúcho riograndense. O dia em que comemoramos a Revolução Farroupilha, o estourar de uma guerra de dez anos pela autonomia da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul frente à tirania da Regência que se instaurou entre o Primeiro e o Segundo Reinados do Império do Brasil. Os riograndenses lutaram pela diminuição dos tributos, pelo direito de escolher o presidente da Província e por maior representação política na Corte. Todos os anos, no dia 20, há manifestações do forte sentimento patriótico do gaúcho do Rio Grande, com festas, desfiles de piquetes a cavalo, e até uma semana inteira de preparação, a Semana Farroupilha, com shows de música nativista, bailes e fandangos, tertúlias, apresentações artísticas do folclore gauchesco, exposições, palestras culturais, encenações de batalhas.

É Semana Farroupilha, em preparação à data magna dos gaúchos, o 20 de Setembro, que marca o início da nossa epopéia de dez anos de guerra contra a tirania da Regência, que nos impunha impostos absurdos sobre o nosso principal negócio, o charque, e ainda alijava os gaúchos riograndenses da efetiva representação parlamentar, demolindo a autonomia da Província. A bravura de nossos caudilhos e guerreiros pela liberdade, peões, escravos, negros libertos, europeus que vieram se alistar em nossa campanha, estancieiros, militares do Exército Brasileiro que ficaram ao lado do Rio Grande e não do Império é relembrada todos os anos, recordando os feitos de 1835.
Ontem fui com meu marido em um show nativista do projeto Buenas e M’Espalho, dentro da programação da Semana Farroupilha, em Piratini, RS.
Integram o Buenas músicos regionais de altíssimo gabarito, entre eles a Shana Müller. Embora já conhecesse seu trabalho, suas músicas, sua bela e potente voz, e admirasse seu conhecimento de nosso folclore pampeano – com milongas, chamamés, chacareras, zambas, rasguidos e tangos –, nunca tinha ido a um show seu.
Impressionou-me sua distinção, sua postura elegante no palco. Uma mulher muito bonita, que se veste “à gaúcha”, mas sem parecer uma caricatura, sem ser uma imitação do homem, e, ao mesmo tempo, sem se restringir ao vestido de prenda (que tem seu lugar em danças, apresentações, mas não no dia-a-dia campeiro, muito menos em um show de música). Shana mantém a feminilidade e isso é uma característica encantadora dessa grande artista!
Abaixo, algumas fotos suas que pesquei pela internet:



Há diversas opções de compra de indumentária gaúcha pela internet, algumas delas são retratadas nas fotos abaixo, e deixo os links no fim. Na primeira foto, à direita, a linda cantora do Rio Grande, Shana Muller.



























































































































