Por Joseph Pearce - original em The Imaginative Conservative
Tradução: Leonardo Faccioni
“Desde que cheguei a Cambridge como estudante em 1964 e encontrei uma tribo de mulheres feitas vestindo mangas bufantes, acariciando ursinhos de pelúcia e tagarelando animadas sobre os feitos de hobbits, para mim tem sido um pesadelo a ideia de que Tolkien poder-se-ia tornar o escritor mais influente do século XX. O sonho ruim virou realidade. No topo da lista, em lugar de honra como o livro do século, jaz O Senhor dos Anéis.” (W Magazine, Winter/Spring 1997, apud Joseph Pearce, “Tolkien: Man & Myth”. São Francisco: Ignatius Press, 1998, p. 6.)
Essas palavras funestas, lamentando a escolha de O Senhor dos Anéis como o maior livro do século XX em uma abrangente pesquisa nacional de opinião no Reino Unido, foram escritas pela militante feminista Germaine Greer, que ascendeu à fama em 1970 como a autora de A Eunuca (N.T.: The Female Eunuch – tradução livre), um dos livros mais influentes sobre o movimento de liberação feminina. Por que – alguém há de se perguntar – a obra prima de Tolkien tem o poder de causar pesadelos às feministas? O que há no trabalho de Tolkien para provocar reações tão acaloradas?