Retomo hoje a minha série sobre como compor vários looks usando uma só peça. A queridinha da vez é a minha calça verde de montaria. Vejam como ela é versátil! Por isso é preciso ter sabedoria na hora da compra de uma roupa, para que ela sente com várias outras e não fiquemos com dezenas de itens que só podem combinar com pouca coisa.
Hi-lo é abreviatura para high-low, alto-baixo em inglês. É a combinação de peças mais sofisticadas com outras mais simples, montando um que mistura o caro e o barato, o luxo com o básico, o nobre com o fast fashion.
Eu de vez em quando gosto de fazer essa combinação. Quer aderir? Olhe nas fotos abaixo algumas das milhares de diferentes opções e se inspire!
1. Camisa metalizada dourada + jeans e bota de montaria
O jeans é o básico do básico, sem deixar de ser clássico. Pode ficar bem sofisticado com algumas combinações, inclusive para o trabalho, é verdade, mas com a bota de montaria volta às suas origens despojadas. No look abaixo, que usei em Buenos Aires, joguei essas peças low com a camisa metalizada high.
Em uma bela tarde de outono, vestida como gosto, bem campeira. Cardigã de tricot da Biamar - mostro os detalhes das costas em algumas fotos -, calça de montaria que comprei aqui em Piratini, e bota de montaria linda com matelassê da Raphaella Booz que comprei na loja própria no Shopping Pelotas. Por baixo, blusa preta, de lã, gola alta. E óculos Ray-Ban round.
Ontem, 20 de Setembro, foi a data magna do gaúcho riograndense. O dia em que comemoramos a Revolução Farroupilha, o estourar de uma guerra de dez anos pela autonomia da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul frente à tirania da Regência que se instaurou entre o Primeiro e o Segundo Reinados do Império do Brasil. Os riograndenses lutaram pela diminuição dos tributos, pelo direito de escolher o presidente da Província e por maior representação política na Corte. Todos os anos, no dia 20, há manifestações do forte sentimento patriótico do gaúcho do Rio Grande, com festas, desfiles de piquetes a cavalo, e até uma semana inteira de preparação, a Semana Farroupilha, com shows de música nativista, bailes e fandangos, tertúlias, apresentações artísticas do folclore gauchesco, exposições, palestras culturais, encenações de batalhas.
Deu para perceber que, se eu amo botas de todos os estilos, as de montaria são as minhas favoritas, né?
Já fiz um post com uma das minhas marrons, com outra também marrom, e com uma preta, as três da Bottero. Agora é a vez da azul, que é da Cristófoli.
O primeiro look é com uma camisa branca que eu amo de paixão e uma das minhas calças jeans skinny da M. Officer preferidas.
É uma pergunta que me fazem seguidamente. E acompanhando alguns fashion blogs preocupados com o recato e a formação cristã da feminilidade, acabo esbarrando nesse tema. Para que eu seja modesta preciso usar uma espécie de uniforme? Em outras palavras, a modéstia é um estilo, como os estilos clássico, contemporâneo, esportivo etc? É necessário que, se eu queira ser modesta, deva adotar exatamente tal roupa, tal acessório, tal sapato, tal estampa, tal metragem de saia, tal folga na calça?
Veja, Deus chamou a cada um de nós para sermos nós mesmas. Deus me quer santa como Aline. É a Aline que deve se santificar sendo Aline. No meu estado de vida, nas minhas condições sociais, financeiras, culturais, de tempo e lugar. Preciso me santificar sendo a Aline que é esposa, mãe de quatro filhos (por enquanto), advogada, professora, blogueira de moda, gaúcha, que vive em uma cidade pequena, com uma profunda vivência rural, ainda que transite em meios urbanos também, que tem um estilo de roupa que combina o clássico, o sofisticado e o romântico.
Eu realmente gostei das botas over the knee. Ganhei uma preta do meu marido e já mostrei pra vocês duas vezes: aqui e aqui. Nos dois posts já estava grávida, e combinou bastante (pra quem tem medo de ousar na gravidez, é um bom "choque"). Essa preta é de salto e não é de couro. Andava atrás de uma que fosse de couro ou couro fake (confesso que fico com o pé atrás com couro fake em botas, e todas as minhas botas de couro são reais, até porque é algo que faz parte da cultura do RS e porque eu opto sempre pelo produto de melhor qualidade). Salto grávida não rola!
Queridas leitoras, olhem essa saia MA-RA-VI-LHO-SA que ganhei da Praxedes Atelier.
É o segundo presente da loja. O primeiro foi um vestido igualmente lindíssimo, de poás e estilo ladylike que eu já mostrei por aqui, lembram?
botas
Meu look do fim-de-semana em Piratini, RS: camisa Lança Perfume, calça de montaria de couro, bota de montaria Cristófoli, casaco Lança Perfume
Todos vocês que eu estou simplesmente apaixonada pelas botas over the knee. Bem, eu gosto de botas em geral. E embora tenha botas de cano curto, eu adoro as botas de cano mais longo, especialmente as de montaria (mas não só, claro). E as botas over the knee são as minhas queridinhas do momento. Tenho três pares de botas over the knee e volta e meia as estou usando.
Agora, apresento a vocês uma sugestão de botas over the knee da Choies, uma loja que eu gosto muito. Não deixem de clicar em "continue lendo" para ver todas elas e os links para ver melhor e comprar.
É Semana Farroupilha, em preparação à data magna dos gaúchos, o 20 de Setembro, que marca o início da nossa epopéia de dez anos de guerra contra a tirania da Regência, que nos impunha impostos absurdos sobre o nosso principal negócio, o charque, e ainda alijava os gaúchos riograndenses da efetiva representação parlamentar, demolindo a autonomia da Província. A bravura de nossos caudilhos e guerreiros pela liberdade, peões, escravos, negros libertos, europeus que vieram se alistar em nossa campanha, estancieiros, militares do Exército Brasileiro que ficaram ao lado do Rio Grande e não do Império é relembrada todos os anos, recordando os feitos de 1835.
Coloquei minha bota de montaria Raphaella Booz com blusa manga curta e saia, aproveitando a onda de calor fora de época que deu em julho, e fui passar uns minutos da da tarde no Parque de Exposições do Sindicato Rural de Piratini, com meu marido Rafael e minha filha número 03, a Theresa, enquanto a Maria Luiza dormia, e o Bento e Maria Antônia estavam em aula.
“Não ande por ai mandando mensagens de que seu corpo é a melhor parte de você - implicando que seu coração, seus pensamentos e sua alma não sejam importantes. Ao invés disso, desperte com a sua modéstia, o desejo de conhecerem-na melhor.” (Crystalina Evert)
À mulher graciosa e fiel se lhe pedem duas coisas na atenção ao que veste: que esteja elegante e que esteja modesta. É possível estar elegante, mas imodesta, como brega, porém modesta. E também se pode estar brega (ou inadequadamente vestida para a ocasião) e imodesta: e a combinação dessas duas coisas torna a mulher vulgar. Somos chamadas, todavia, como leigas no mundo, geralmente casadas ou em busca de matrimônio, a combinar não a breguice com a imodéstia, nem a atentar apenas para a elegância ou só para a modéstia. Nosso desafio é a elegância modesta, o estilo com o pudor, a moda com o recato. E nossas roupas vão dizer, inexoravelmente, o que e quem somos.
Muita gente acha que é super difícil montar um guarda-roupa que deixe a mulher realmente elegante. E quando, além da elegância, temos ainda que levar em conta o critério da modéstia, parece, então, uma situação desesperadora, uma tarefa quase impossível de realizar.
Contudo, não é algo que não se possa fazer. Sabendo as peças básicas que se deve ter, a tarefa é até relativamente fácil. E o melhor: não é necessário gastar muito dinheiro!
Com um pouquinho de esforço, claro, mas nada tão desanimador como a maioria das pessoas acha que é. Afinal, esforço é bom, ajuda a construir o caráter e a moldar-nos como quer o Senhor, né?
No fim do mês passado fomos passear na Serra Gaúcha. Após um casamento celebrado próximo de Porto Alegre, em que fomos padrinhos dos noivos, dormimos em Barra do Ribeiro e no Domingo subimos a serra para almoçar em Nova Petrópolis e visitar amigos católicos em Canela (um casal e seus três lindos filhos). Jantamos em Gramado, e voltamos a Nova Petrópolis para dormir. No dia seguinte, segunda, pretendíamos passear por Gramado e Canela, mas a chuva forte que caiu nos forçou a mudar os planos e resolvemos descer a Porto Alegre para almoçar no Shopping Iguatemi e levar as crianças para o Espaço Frozen. Depois, voltamos para Piratini, chegando tarde da noite.
Após a viagem a Gravatal, onde ficamos de quinta a sábado, subimos, ainda em Santa Catarina, a Serra do Rio do Rastro.
Uma foto minha aqui em um paradouro na estrada, com calça skinny jeans, blusa segunda pele de gola alta e bota de montaria café com matelassê da Raphaella Booz:
De dia das mães, ganhei do meu marido essa bota linda da Raphaella Booz. Eu fui junto escolher e aproveitei para conhecer a loja do Shopping Pelotas. Chegando lá com os filhos - os quatro - e o marido, a menina que atende, muito querida, me reconheceu: "Tu és a Aline, do blog, né? A gente te segue aqui na loja, vê o blog, curte as postagens do Instagram." Fiquei muito feliz pois isso é sinal de que as coisas estão andando bem nesse meu despretensioso trabalho.
Pois bem, bota eu amo, vocês sabem. Se for de montaria mais ainda. É a minha paixão em termos de botas, mais ainda do que as over the knee. Essa da Raphaella Booz é confortável, tem um design sofisticado e com detalhes de matelassê que eu amo.
Usei no próprio domingo do dia das mães com uma incrível capa da Yoins e destroyed skinny jeans da M. Officer. A capa é de ótima qualidade e bem quentinha, e achei superelegante e fashion. O preço é bom também e compatível com as características. Eu a ganhei da Yoins ano passado, mas quando o pacote chegou já estava começando a esquentar. Finalmente, com o frio que chegou com força ao Rio Grande, pude usá-la!
Confira o resultado do look, bem campeiro sem perder a elegância e aquele ar aristocrático que me encanta nas roupas que fazem meu estilo. As fotos foram tiradas depois da Missa dominical, em que vamos com a família.
Calças skinny (jeans ou de couro) são um problema em muitas mulheres quando o assunto é modéstia. Mas isso não quer dizer que as devamos banir de nosso closet. Eu mesma uso - e muito - skinny.
Aqui vão algumas dicas simples, práticas e rápidas de como usá-la adequadamente, sem ficar imodesta ou vulgar.