Esse ano de 2015 promete! Depois de participar de vários hangouts, eu, Aline Brodbeck, em meu canal Femina no Youtube, terei a honra de receber, ao longo do ano, várias convidadas ilustres. Algumas delas já me confirmaram, e muitas outras virão.
É um erro atribuir a crise da feminilidade exclusivamente às pretensões feministas. Claro que elas têm sua parcela de culpa, mas muitas vezes são meras conseqüências de equívocos anteriores, radicalização de uma bandeira para combater um excesso antagônico. De certa forma, o colapso do papel da mulher se deve também ao fato de que muitos homens, desde pouco depois da Revolução Industrial, esqueceram qual a sua missão específica.
Quem é a mulher? O que ela é? Onde reside sua dignidade?
Participei dia 12 de dezembro de um super bate-papo com as lindas e queridíssimas amigas Marcela Kamiroski, do Caritas in Veritate, Liana Netto, do A Moça Católica, e Letícia Maria Barbano, do Modéstia e Pudor. Falamos de feminilidade, moda, modéstia, comportamento feminino.
1) A mulher cristã é corajosa.
"Todos os servos do rei e o povo de suas províncias sabem bem que, para quem quer que seja, homem ou mulher, que penetrar sem ser chamado na câmara interior do palácio, há uma lei real condenando-o à morte, exceção feita somente àquele para o qual o rei estender seu cetro de ouro, conservando-lhe a vida. E eis que são já trinta dias que não sou chamada junto ao rei.
As palavras de Ester foram referidas a Mardoqueu, e este lhe mandou responder: 'Não imagines que serás a única entre todos os judeus a escapar, por estares no palácio. Se te calares agora, o socorro e a libertação virão aos judeus de outra parte; mas tu e a casa de teu pai perecereis. E quem sabe se não foi para essas circunstâncias que chegaste à realeza.'
PERGUNTA:
Cara Aline,
Primeiramente quero dar os parabéns pela divulgação do Domestica Ecclesia. É uma bênção sem sombra de dúvidas para a instituição da família, hoje em dia tão denegrida. Conheci hoje o site e pretendo visitá-lo frequentemente.
Vendo através dele os frutos que colheram não pude deixar de vir pedir auxílio. Entendo se não quiser responder. Estou passando por um momento de dúvida em minha vida.
Tenho um relacionamento com uma mulher, batista, eu sou católico. Não tenho dúvidas de minha fé, e reconheço nela uma pessoa muito boa, de fé em Deus, de valores e virtudes, com exceção a doutrina que compactua, muito galgada pela péssima catequese católica que temos por ai.
A pergunta que tenho feito e o site veio a levantá-la novamente é: será que é possível criar um ambiente familiar como o que tem?
Perdoe-me novamente a invasão. Muitas vezes não tenho a quem recorrer.
Fica com Deus.
RESPOSTA:
Sempre gostei de moda e me incomodava o jeito com a vulgaridade e a falta de decência nas vestimentas tomaram conta das passarelas e de nosso dia a dia, demonstrando uma incompreensão quanto à dignidade da mulher. Como dizia o Papa Pio XII, muitas mulheres "perderam o próprio conceito de perigo, o instinto da modéstia." Mesmo quando eu não era católica, esse problema da sociedade atual já me afetava e eu me sentia agredida com a excessiva sexualização das roupas.
Por outro lado, o tema da modéstia pode ser prejudicado por uma visão que não leva em conta a contemporaneidade, ficar preso às circunstâncias de um tempo que não existe mais, e criar um recato caricato.
"Moda e modéstia deveriam caminhar juntas como duas irmãs, porque ambos os vocábulos tem a mesma etimologia; do latim 'modus', quer dizer, a reta medida, além e aquém da qual não se pode encontrar o justo." (Pio XII)
O blog surgiu a partir de minhas reflexões sobre o estado da feminilidade atual, e sobre a necessidade de ser modesta sem ser brega ou antiquada, e ser moderna e fashion sem ser escrava das tendências e do que a indústria da moda nos empurra.
Trabalho com a formação da feminilidade e escrevendo sobre moda como uma de suas expressões desde 2006, na época do finado Orkut. Em 2008 comecei o blog. Não sou melhor do que ninguém e falta muita coisa para eu estudar e aprender, mas alguma experiência eu já tenho. E puder perceber, nesses anos todos, alguns equívocos quando se fala de moda feminina e cristianismo.
Listo abaixo os que considero mais presentes nas discussões atuais, quer na internet, nas redes sociais e nos blogs, quer no dia a dia das paróquias e movimentos cristãos. São nove sinais de que a sua concepção de modéstia pode não ser tão espiritualmente saudável assim.
dúvidas dos leitores
leitora pergunta: minha mãe não é muito compreensível em relação à questões como modéstia. O que fazer?
Uma querida leitora me envia uma pergunta. Omito seus dados por privacidade. Tenho certeza que muitas leitoras mais jovens que me acompanham podem sofrer de problemas semelhantes. Procurei ajudar um pouco com a minha experiência. Vamos lá.
PERGUNTA:
Boa noite Dra. Aline.
Eu já havia entrado em contato com você anteriormente entretanto acabei perdendo o e-mail que você havia me mandado.
Estou com uma dúvida que persiste há algum tempo e gostaria muito de sua ajuda: minha mãe não é muito compreensível em relação à questões como modéstia. Por isso, muitas vezes ela compra roupas imodestas para mim.
Já tentei conversar e explicar , porém ela não acha que é errado usar shorts, saias e outras peças do tipo. E quando não utilizo as roupas, ela fica chateada comigo, dizendo que devo ser mais feminina e usar roupas que meninas da minha idade atualmente usam (tenho 17 anos).
Gostaria de saber o que fazer em situações assim, já que não posso escolher e comprar as roupas que acho modestas, uma vez que sou estudante e dependo de minha mãe. Devo usar dessas peças para satisfazê-la ou não?
RESPOSTA:
Boa noite, F.
Desculpa a demora, e obrigada pela confiança.
Acredito na virtude da prudência na condução da política. E também no valor da tradição e dos valores perenes, das "coisas permanentes". Desconfio dos que querem criar um "novo mundo". Vejo com péssimos olhos as utopias e os messianismos e não quero que pessoas sejam cobaias em testes sistemas políticas. Penso que cabe ao Estado sobretudo proteger a vida, a propriedade e a liberdade das pessoas, garantindo, embora de forma não-monopolizada, a segurança, a defesa e a aplicação e interpretação do Direito. Protesto quando me tiram ou diminuem os direitos naturais: vida, propriedade, liberdade, busca da felicidade, legítima defesa mediante a posse e o porte de armas de fogo, fé religiosa. A mínima intervenção estatal na economia, o livre mercado e a livre iniciativa são princípios inegociáveis. Creio piamente que a ordem social deve ser reflexo da ordem transcendente. Estou certa que a desigualdade harmônica é um bem e o igualitarismo é um mal. Sei que os costumes, as fórmulas provadas pelo tempo e a tradição são uma forma de assegurarmos democracia "aos mortos". Tenho absoluto convencimento de que a cultura surge da religião, e defendo ambas. O coletivismo, o totalitarismo, o fascismo, o comunismo, o despotismo falsamente democrático são males terríveis do nosso século.
Sou, então, uma conservadora.
Um artigo do meu marido, Rafael, no blog que mantemos juntos, o Domestica Ecclesia, que transcrevo para vocês:
O casamento é uma instituição fundada por Deus, encontrada, antes mesmo de qualquer Revelação divina, na própria natureza do homem. Para o Povo de Deus, em sua preparação rumo a Cristo, foi sinal da Aliança entre o Senhor e Israel. Em Cristo, ele é elevado à condição de sacramento, ou seja, dele decorrem graças suficientes para a vida em comum e para cumprir os deveres próprios de tal estado, como também a graça santificante. O Matrimônio cristão não é apenas abençoado: ele é fonte de bênção, ele nos leva para o céu, ele nos dá a graça conquistada por Jesus no madeiro.
Esse é um guest post, ou postagem convidada, de Maite Tosta, uma das editoras do blog Negócios de Família (http://www.negociosdefamilia.com.br ), um blog escrito sobre e para a família. Fotos do Acervo Pessoal de Maite Tosta.
Sou Maite, blogueira e mãe de quatro, sendo três meninas, de 4 anos, 2 anos e 5 meses. Como mãe moderna e conectada, sou membro de uma série de fóruns e grupos de maternidade nas redes sociais. Em um deles, uma imagem postada me chocou em particular: uma menininha (ainda em fraldas), vestida com uma saia beeem justa de oncinha e uma blusa de costas nuas, ambas as peças feitio “miniadulta”, calçada com uma sandália estilo gladiador, de couro, que vinha até o joelhinho da criança... e não, não era um teatro ou representação, era um look retirado do catálogo de uma loja virtual de moda infantil (Oi?).
Pior que a imagem foi ver um monte de mães comentarem “eu quero! Quanto custa?”... fiquei com pena dessas meninas... o que esperar do futuro?
Conversei dias desses
com uma amiga que também é mãe de cinco filhos lindos. Ela me
relatou que tem grande dificuldade em combinar roupas e acaba
escolhendo o que as vendedoras lhe empurram ou o que vê nos
manequins, prontos, como sugestão.
Bem, cair em conversa
de vendedora é muito comum, até porque um palpite dela uma vez ou
outra ajuda, desde a potencial compradora tenha discernimento
correto. A sugestão de roupas montada pela loja que está em um
manequim (o “look completo”) é muito boa, mas há o risco de a
pessoa chegar em casa e aquele conjunto não combinar com nada, só
com ele mesmo. Nem sempre um look completo que fica bem em um veste
bem o outro.
Um guarda-roupa deve
ser inteligente. Aqui vão umas dicas pra quem não tem tempo,
dinheiro e nem disposição para montar looks eficientes:
Meu blog está presente em várias mídias sociais, mas não sei todos aqui sabem que tenho uma conta no Instagram, onde posto fotos do dia a dia aqui em casa e também alguma coisa dos looks que uso. É mais uma ferramenta para a formação da feminilidade, para vermos uma moda fora das capas de revista, normal, de mulher comum como sou, e para conhecer o meu estilo e inspirar o seu.
Hoje completo doze anos de namoro com meu marido!
Comecei a namorar o Rafael, meu marido, em 28 de agosto de 2002. Assim começava a história de DOIS amores: o amor pelo meu então namorado e amor por Jesus. Conhecendo o Rafa, conheci a Cristo. O amor pelo meu namorado me levou ao amor por Cristo.
1. Conheça seu tipo físico, valorize seus pontos fortes, mas proteja sua dignidade.
É fundamental conhecer o seu tipo físico. Não adianta uma mulher alta vestir roupas que a deixam mais alta e fina demais. Do mesmo modo, uma gordinha e baixinha que queira se destacar pela elegância pode cometer um erro tremendo se as roupas escolhidas a deixarem "atarracada".
Por exemplo, para parecer mais baixa, use detalhes e desenhos grandes na roupa, evite monocromia e linhas na vertical em demasia. Aposte nas linhas horizontais e no contraste.
Já se o efeito esperado é o contrário, uma mulher mais baixa que queira parecer mais alta, o segredo é justamente a monocromia, especialmente na continuação entre calça e bota ou calça e scarpin - nem sempre na mesma cor, mas ao menos nos mesmos tons -, e usar muitas linhas verticais. Sapatos com salto são uma boa ajuda, mas não abuse para não parecer que o salto é maior do que você.
A suavização do tamanho do peito mediante decotes V e camisas sociais com botões é uma dica para quem tem seios fartos. Essas mulheres também precisam evitar a cintura alta em saias, vestidos e calças, e golas altas.
Os tipos de corpo feminino são basicamente diferenciados em ampulheta, triângulo, triângulo invertido, retângulo e oval. Clique aqui para uma poderosa ajuda na descoberta do seu tipo físico e do que vestir. Evidentemente, é preciso ter cuidado nas dicas, pois nem tudo que combina com determinado tipo de corpo é modesto.
Sou consciente de que, mais do que conselhos de moda, faço um verdadeiro apostolado, por amor a Deus e procurando resgatar a feminilidade, a elegância e a modéstia, tão atacadas pelo relativismo e pelo feminismo.
Olhem que queridas algumas das mensagens de nossas leitoras que foram enviadas à nossa fanpage:
"Sou fã do Femina porque mostra exemplos fora das passarelas. Passei a
comparar com as roupas e acessórios que tenho aproveitando poucas peças
de inúmeras maneiras. Consegui manter o conforto que nunca abri mão mas o
melhor foi dar o toque de elegância sem perder a modéstia." (Rafaela
Campos Mello de Oliveira)
"Uma inspiração de vida e da maneira de se vestir!!!" (Evelise Knr)
"Looks muito bem escolhidos!!! Adoro!!!" (Mimi Gurgel)
"São as melhores dicas que podemos encontrar. Mulher que não quer ser
baranga nem periguete, valorizando o que Deus deu, encontra o que
precisa no Femina!" (Juliana Teixeira)
Caríssimas leitoras do Femina (e também os amigos que por aqui nos visitam bastante que eu sei),
Com muita alegria, anuncio que o Senhor me presenteou com uma quarta gravidez. Sim, depois das bênçãos que são a Maria Antônia, nascida em março de 2010, o Bento, de dezembro de 2011, e a Theresa, de maio de 2013, agora vem mais um maninho ou maninha para eles.
Deus seja louvado por tamanha graça.
"Vede, os filhos são um dom de Deus: é uma recompensa o fruto das entranhas. Tais como as flechas nas mãos do guerreiro, assim são os filhos gerados na juventude. Feliz o homem que assim encheu sua aljava: não será confundido quando defender a sua causa contra seus inimigos à porta da cidade." (Salmo 126,3-5)
Vejam o vídeo e se inspirem: abram-se ao projeto de vida, criado pelo Altíssimo, de ter uma família numerosa, uma aljava abundante de flechas, um lar repleto de amor!
Bom, pessoal, eu sou convidada para dar palestras e cursos em vários locais. Esse ano tenho alguns compromissos que já estão sendo agendados. Quem quiser uma palestra ou um curso sobre moda e modéstia, formação da feminilidade, comportamento da mulher cristã, pode entrar em contato comigo por e-mail: aline@blogfemina.com
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Para dar um gostinho, eis o esquema de uma das palestras que ministro.
Ontem comemoramos na Igreja a solenidade da Ascensão do Senhor, quando Ele subiu aos céus para continuar a reinar à direita do Pai, e de onde virá para julgar os vivos e os mortos. A partir de hoje, então, a exemplo dos Apóstolos e da Virgem Maria, aguardamos a descida do Espírito Santo em Pentecostes.